sábado, 6 de fevereiro de 2010

Gisele Joras fala da transformação de “Bela, a Feia”


A esperada transformação visual de Bela (Giselle Itiê) será antecipada em Bela, a feia. Em cena prevista para ir ao ar nesta segunda-feira, a secretária sofrerá um atentado e será dada como morta depois que seu carro for explodido pelos vilões Dinho (Thierry Figueira) e Ataulfo (André Mattos). No entanto, ela será salva por Vera (Silvia Pfeiffer) e ficará escondida até voltar com novo visual. No capítulo de terça, o público terá uma ideia de como a personagem ficará transformada: Bela aparecerá bonita no sonho de Rodrigo (Bruno Ferrari). Quando reaparecer linda na trama, ela terá assumido outra identidade, Valentina Carvalho, que se tornará presidente da agência de publicidade. Só que, em casa, será a feia de sempre.

Em entrevista ao Jornal do Brasil, a autora Gisele Joras conta por que decidiu antecipar a transformação da personagem. Ela garante que o motivo não foi a audiência. Na semana passada, a novela bateu seu recorde desde a estreia com 14 pontos de média, e agora tem se mantido na faixa entre 12 e 13 pontos – mas ainda assim abaixo das expectativas da direção da emissora, que chegou a projetar 20 pontos. A autora diz ainda que o final da trama não será igual ao da versão mexicana (comprada da Televisa), porque tem liberdade de criação.

Por que a transformação de Bela vai ser antecipada?
Aceitei fazer a versão brasileira da novela com a condição de que eu teria total liberdade de criação, do contrário a história seria apenas a mera tradução do original. Tenho, portanto, usado esta liberdade conforme a minha inspiração. Ela é a base de meu trabalho, é o que me dá autonomia para fazer da minha personagem feia ou bonita conforme as conveniências da trama que estou tecendo. Achei que seria interessante antecipar a transformação da protagonista, mas sem alterar sua essência. É isso que vai ser mostrado.

A audiência, abaixo da expectativa da emissora, influenciou alguma mudança ou antecipou acontecimentos na trama?
Nem uma coisa, nem outra. Mesmo porque eu não sei qual era a expectativa da emissora. No início, a novela alcançou uma audiência normal, no horário em que estava sendo exibida, e não ouvi nenhuma queixa a este respeito. E agora a audiência cresceu mais de 50%, representando, portanto, os maiores números da emissora. Estamos com excelentes índices no momento.

O que se comenta é que a novela ficou mais dramática e perdeu um pouco de humor. Até a vilã Verônica (Simone Spoladore) ficou menos engraçada. Por que a mudança?
Nunca escutei nenhum comentário deste tipo que, aliás, não faria o menor sentido, porque não houve mudança alguma. Desde o início, Bela, a feia sempre fez uso da mistura de gêneros, que é uma característica da melhor dramaturgia moderna, na qual são frequentes as comédias dramáticas, as farsas trágicas, etc. Isso acontece no teatro e no cinema. Por que seria diferente na televisão?

Como e quando a personagem aparecerá totalmente transformada?
Ainda não escrevi a cena.

A dois meses do fim da trama, você pensa em seguir à risca os finais da versão mexicana ou planeja mudar o desfecho de algum personagem?
Acredito que, com mais de 100 capítulos no ar, quem acompanha a novela já percebeu, há muito tempo, que eu não sigo à risca nenhuma versão. Como eu já disse, aceitei fazer a versão brasileira da novela com a condição de que eu teria total liberdade de criação. Foi assim desde o começo, será assim até o final.

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