Eles entraram de mansinho, na forma de realities como "Big Brother Brasil", "Supernanny" e "O Aprendiz", e ganharam espaço confortável na TV aberta.
Já testados em outros países, esses formatos importados ofereciam perfis de audiência mais definidos e boas perspectivas de anunciantes. E não demorou para produtos de empresas como Endemol, FremantleMedia, Cuatro Cabezas ou Mark Burnett estarem por todo lado.
Tanto que, com o mercado aquecido, logo vieram promessas de formatos inovadores aguardados com curiosidade pelo telespectador.
Mas quem esperou em pé por tudo isso deve ter se cansado. Num cálculo feito pela Folha, entre cerca de 20 programas previstos para estrear em 2010, apenas um quarto ganhou sobrevida e foi renovado neste ano.
Entram na conta produções anunciadas ao público ou divulgadas extraoficialmente por ambos os lados.
Uma certa empolgação pode ter motivado o refluxo, arrisca Mauricio Tavares, diretor de aquisições em novos conteúdos da Rede TV!.
"A TV, como tudo na vida, passou por um momento de euforia quando eles nasceram e, depois, por uma adequação. Houve quem dissesse que seriam reis do universo e quem decretasse sua morte. Agora, os formatos vão encontrando seu lugar, mas sempre haverá os que viverão muito tempo e os que morrerão na praia."
Promessas
Na conta de promessas, quase todas as emissoras têm dívidas a cumprir. No começo do ano passado, Cynthia Benini anunciava sorridente, em horário nobre, "Solitários", "Jogo das Loiras", "O Grande Desafio" e "Romance no Escuro" no SBT. Dessa lista, só o primeiro ainda existe em 2011.
"O Grande Desafio", que anunciou gravações em sete países e o prêmio de US$ 1 milhão, não chegou a estrear e, quiçá, pode ser retomado em escala menor.
Há ainda as estreias que, pela baixa audiência ou pelo fim do contrato de patrocínio, não ganham segunda chance como o "Zero Bala", da Band, que fechou uma única temporada com a Volkswagen para o lançamento do novo Fox.
Até veteranos travaram, como o "No Limite", da Globo, cuja quinta edição, anunciada para 2010, cogitando até locações internacionais, não estreou.
Em 2011, pelo que já foi anunciado, os canais parecem estar mais cautelosos.
Fonte: Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário