Walcyr Carrasco pode emplacar novela às 21 horas

Tão logo complete o seu trabalho em “Gabriela”, Walcyr Carrasco começará a escrever uma outra novela na Globo.

Aguinaldo Silva comentou em seu Twitter que, pelo que está sabendo, Walcyr substituirá Glória Perez às 21 horas, depois de “Salve Jorge!”.

Isso pode acontecer porque Manoel Carlos não deve retornar à escala do horário nobre. Ele anunciou que sua última novela, que terá como protagonista Júlia Lemmertz, será escrita para o horário das 23 horas e terá algo entre 60 e 90 capítulos. Esta informação ainda não foi confirmada pela Globo, pois não se sabe se a emissora está disposta a exibir histórias originais às 23 horas, ou se deixará o horário reservado apenas para os remakes.

Mas essa pode não ser a única mudança no horário nobre da emissora: Sílvio de Abreu retornou para o horário das 19 horas e sua “Guerra dos Sexos” substituirá “Cheias de Charme” no final desse ano. O autor anunciou em entrevista que de agora em diante não produzirá mais histórias originais e se limitará apenas a fazer remakes de suas próprias histórias.

Num primeiro momento, três autores disputam as vagas de Manoel Carlos e Sílvio de Abreu às 21 horas: Walcyr Carrasco, Benedito Ruy Barbosa e Maria Adelaide Amaral. Benedito tem um projeto engavetado há bastante tempo na emissora: a novela “Velho Chico”. A dúvida é se a Globo confia na sua capacidade de levar o trabalho adiante, devido sua idade já avançada e seus constantes problemas de saúde. Já Maria Adelaide tem créditos de sobra na emissora, depois de várias minisséries de sucesso e de sua comentada adaptação de “Ti Ti Ti”. O problema é saber se a própria autora se dispõe a enfrentar tamanho desafio. Ela já declarou que prefere trabalhos menores e esporádicos.

O fato é que, independente da dança das cadeiras, tudo indica que mudanças significativas acontecerão nos próximos anos. A maioria dos autores do horário mais prestigiado da TV brasileira já está na casa dos setenta anos ou mais e se faz urgente e necessária a renovação dos quadros, para o bem da empresa, dos autores e do próprio telespectador.