A Record comemora a repercussão de sua
minissérie Rei Davi – cujo último capítulo foi exibido na quinta-feira, 03/05.
Apresentada desde 24/01, às terças e quintas-feiras, em 30 capítulos, Rei Davi
bateu de frente com a programação noturna da Globo e chegou a liderar a
audiência no horário no qual era exibida em mais de vinte ocasiões, concorrendo
diretamente com atrações como o BBB, a minissérie O Brado Retumbante e a séries
As Brasileiras e Amor e Sexo.
E tem explicação para sua audiência cativa: a
identificação direta do público alvo – o que aprecia histórias bíblicas –
concorrendo com uma minissérie difícil de ser digerida (O Brado Retumbante),
uma edição “apagada” do BBB e a safra irregular de As Brasileiras e Amor e
Sexo, que não tinha linearidade da audiência (alguns episódios ruins faziam o
público trocar de canal). Rei Davi se garantiu em seu público alvo e chamou a
atenção daquele que fugiu de alternativas pouco animadoras dos outros canais.
Mas é injusto justificar a repercussão de Rei
Davi na falta de opção da concorrência. A Record apresentou uma superprodução
épica, um trabalho de mais de trezentas pessoas e investimento de mais de R$ 25
milhões de reais, primeira obra neste formato com cenas gravadas fora do país
(no Canadá e Chile). Remeteu a produções americanas – guardadas as devidas
proporções, claro! – como o filme 300 e as séries Spartacus e Game of Thrones.
Rei Davi representou um avanço nas
minisséries bíblicas da Record – que a emissora prefere chamar de “minisséries
épicas” – quando comparada com as produções anteriores: A História de Ester
(2010) e Sansão e Dalila (2011). Alguns acidentes de percurso chamaram a
atenção: Leonardo Brício, o Rei Davi, caiu do cavalo e, em outra ocasião, teve
a mão machucada. Já a atriz Cibele Larrama teve uma parte de seus cabelos
queimados durante uma gravação – chegou a fazer uma cirurgia plástica para
amenizar as marcas de queimaduras nas costas.
Ainda uma nota triste: o falecimento da atriz
Marly Bueno – que vivia a vilã Ainoã, mulher do Rei Saul (Gracindo Jr.) – no
dia 12/04/2012, no Rio de Janeiro, após ter sido hospitalizada para uma
cirurgia no intestino. Ela tinha 78 anos, estava no ar em Rei Davi, mas já
havia concluído suas gravações na minissérie.
A produção de uma nova minissérie épica para
2013 está garantida. E que seja superior a Rei Davi – saem ganhando o público,
a emissora e todos os profissionais envolvidos. E que seja também uma
oportunidade para corrigir os erros cometidos nesta, como os de caracterização
(maquiagem e perucas e barbas postiças fakes demais).
Rei Davi: minissérie de Vivian de Oliveira,
livre adaptação dos livros I Samuel e II Samuel, da Bíblia, escrita com Camilo Pellegrine, Emílio
Boechat, Maria Cláudia Oliveira e Altenir Silva. Direção de Edson Spinello,
Leonardo Miranda e Rogério Passos, com direção geral de Edson Spinello.
Fonte: UOL
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