sexta-feira, 6 de julho de 2012

Silvio de Abreu acha beijo gay dispensável


Neste mês de julho, o GNT preparou um especial “Viva Voz” com quatro episódios dedicado a grandes nomes da teledramaturgia brasileira. Quem abre esta seleção de autores é Silvio de Abreu, nesta sexta-feira (06/07), às 21h30.

Em sua casa, em São Paulo, o convidado recorda novelas de sucesso como “Cambalacho”, “A Próxima Vítima”, “Sassaricando” e “Rainha da Sucata”. Silvio revela que o desejo de fomentar a discussão e mexer com a cabeça das pessoas o motiva a escrever. “O bom da novela é você mexer com a emoção das pessoas. È interessante causar discussões no trabalho sobre a trama, se é verdade ou mentira”, avalia.

O autor ainda comenta sobre suas obras e personagens, bem vivos na memória dos brasileiros.  Durante o programa, pessoas nas ruas da capital paulista revelaram quais novelas e minisséries os marcaram. “Quando as pessoas falam comigo sobre determinados personagens que já foram ao ar há trinta, trinta e tantos anos, me surpreende, mas, também, me deixa felicíssimo!”, celebra.

O convidado ainda destacou porque se diferencia de outros autores. “Depois de ser ator, me tornei diretor. Então, quando comecei a escrever, era como se conseguisse ver a cena na minha frente, encenado. Aí eu colocava no papel”, revela.

Tony Ramos e Claudia Raia são exemplos de artistas presenteados pelo autor. Seus papeis em ‘Passione’ e ‘Sassaricando’, respectivamente, foram criados para eles. Silvio também citou a escalação de Marisa Orth – que ele descobriu no teatro - para ‘Rainha da Sucata’. “O elenco era só de grandes estrelas. Quando ela entrou na sala de ensaio e viu aquele pessoal, virou de costas e foi chorar no corredor, e falou que não tinha coragem”, relembra.

Quanto à polêmica de uma novela nunca ter exibido um beijo gay, Silvio acredita que é uma bobagem. “Acho que não vai mudar nada na sociedade”, diz. Para o autor, a “novela tem contribuído muito para que o homossexualismo não seja mais visto da mesma maneira preconceituosa”, observa. Ainda citou ‘A Próxima Vítima’ como exemplo de mérito da causa.

Por fim, se definiu como uma pessoa pacata. “Sou casado há trinta e sete anos com a mesma mulher, pai de família”, revela. Já na televisão, Silvio brinca que se deu melhor. “Fazendo novela você tem a possibilidade de exercitar sua imaginação. Mato gente, vou para a cama com quem eu quero. Dou risada, choro, tenho tesão, tudo junto”, conclui.

Fonte: Fábio TV

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