Neste mês de julho, o GNT preparou um
especial “Viva Voz” com quatro episódios dedicado a grandes nomes da
teledramaturgia brasileira. Quem abre esta seleção de autores é Silvio de
Abreu, nesta sexta-feira (06/07), às 21h30.
Em sua casa, em São Paulo, o convidado
recorda novelas de sucesso como “Cambalacho”, “A Próxima Vítima”,
“Sassaricando” e “Rainha da Sucata”. Silvio revela que o desejo de fomentar a
discussão e mexer com a cabeça das pessoas o motiva a escrever. “O bom da
novela é você mexer com a emoção das pessoas. È interessante causar discussões
no trabalho sobre a trama, se é verdade ou mentira”, avalia.
O autor ainda comenta sobre suas obras e
personagens, bem vivos na memória dos brasileiros. Durante o programa, pessoas nas ruas da
capital paulista revelaram quais novelas e minisséries os marcaram. “Quando as
pessoas falam comigo sobre determinados personagens que já foram ao ar há
trinta, trinta e tantos anos, me surpreende, mas, também, me deixa
felicíssimo!”, celebra.
O convidado ainda destacou porque se diferencia
de outros autores. “Depois de ser ator, me tornei diretor. Então, quando
comecei a escrever, era como se conseguisse ver a cena na minha frente,
encenado. Aí eu colocava no papel”, revela.
Tony Ramos e Claudia Raia são exemplos de
artistas presenteados pelo autor. Seus papeis em ‘Passione’ e ‘Sassaricando’,
respectivamente, foram criados para eles. Silvio também citou a escalação de
Marisa Orth – que ele descobriu no teatro - para ‘Rainha da Sucata’. “O elenco
era só de grandes estrelas. Quando ela entrou na sala de ensaio e viu aquele
pessoal, virou de costas e foi chorar no corredor, e falou que não tinha
coragem”, relembra.
Quanto à polêmica de uma novela nunca ter
exibido um beijo gay, Silvio acredita que é uma bobagem. “Acho que não vai
mudar nada na sociedade”, diz. Para o autor, a “novela tem contribuído muito
para que o homossexualismo não seja mais visto da mesma maneira
preconceituosa”, observa. Ainda citou ‘A Próxima Vítima’ como exemplo de mérito
da causa.
Por fim, se definiu como uma pessoa pacata.
“Sou casado há trinta e sete anos com a mesma mulher, pai de família”, revela.
Já na televisão, Silvio brinca que se deu melhor. “Fazendo novela você tem a
possibilidade de exercitar sua imaginação. Mato gente, vou para a cama com quem
eu quero. Dou risada, choro, tenho tesão, tudo junto”, conclui.
Fonte: Fábio TV
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