Fiel
escudeiro do Cabeção (Sergio Hondjakoff) em duas temporadas de “Malhação”, de
2001 a 2003, Eric Muller, o Farofa, passou os últimos dez anos fazendo filmes
publicitários, formou-se em administração, trabalhou em multinacional e, até
quatro meses atrás, era gerente de um banco. Agora, quer voltar à televisão e
retomar a dupla com o amigo.
- Já falei com Serginho sobre isso. Quero
encontrar um produtor que tenha visão, que acredite no nosso trabalho. Quando
entramos em 'Malhação', estourávamos a audiência. O trabalho era muito
dinâmico, inseríamos cacos, a coisa fluía. Depois, vi Serginho sozinho,
estacionado. Ficou muito abatido. Passou muitos anos como Cabeção e não
conseguiu um papel para quebrar o perfil. Eu me afastei da televisão, mas
internamente não deixei de ser o Farofa - lembra.
Morador de São Paulo, Eric dedica-se ao
teatro e a uma minissérie de ficção para a internet, “O recepcionista”, com o
amigo Adriano Vilas Boas. Aos 31 anos, diz estar solteiro e conta um drama
pessoal que sofreu em 2008 – a perda da mãe por causa de uma rara doença
neurológica.
- Não encontrei o amor da minha vida. Namorei
bastante, uns namoros foram mais tranquilos, outros conturbados. Em 2008, tive
um baque emocional grande: perdi minha mãe, que tinha 56 anos. Era minha
companheira, vivíamos juntos. Teve um mal parecido com a Doença da Vaca Louca,
que provoca falhas no organismo. Impediu-a de falar e escrever. Essa perda me
desestabilizou, mas tive apoio da empresa de telefonia em que estagiava.
Durante esse tempo, Eric diz que, por pouco,
não passou dificuldades financeiras.
- Deus sempre me deu trabalho. Sou ator, mas
não posso ficar à toa, ainda mais enquanto minha carreira não engrena.
Fonte: Patrícia Kogut
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