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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Beijo gay aumenta audiência de novela argentina


“E veio aquele beijo! Foi depois que Lalo (Ezequiel Castaño), revelação do futebol argentino, teve uma crise de angústia ao imaginar que o temperamento explosivo, o histórico de encrencas e a tumultuada relação com Giselle (Florencia Peña) fariam recair sobre ele a suspeita do assassinato dela.

“Pior. Lalo acha que ninguém se importa com sua sorte. O veterano craque da bola "Flaco" Rivero (Cristian Sancho) quis demonstrar que se importa. Muito! Com ingredientes de trama policial movida pela dúvida "Quem matou Giselle?", a novela "Botineras" (marias-chuteira) exibiu o beijo gay que causou "frisson" entre noveleiros argentinos.

“Castaño e Sancho, atores héteros e famosos, tornaram-se figurinhas constantes nas capas de revistas e nos programas da tarde na televisão. Desde o início do romance entre os jogadores, a audiência de "Botineras" cresce, conforme medição dada à Folha pelo Ibope.

“Com a evidência do interesse do público, o folhetim, que tem apenas dois capítulos gravados de frente em relação ao que está no ar, destacou as cenas de amor de Lalo e "Flaco".

“A primeira transa começou com um desvestindo o outro e terminou com a câmera captando do alto a imagem deles nus, abraçados na cama. "Parti do princípio de que um gay é um homem. Evitei amaneiramentos. Se caíssemos no clichê, a história de amor não seria vista com respeito", diz Sancho, que também é modelo de campanhas de roupa íntima.

“Castaño, 28, é um rosto conhecido na TV há 15 anos, desde que começou a atuar em "Chiquititas". "Com Lalo, tenho a oportunidade de mostrar muito do que aprendi como ator ao longo desse tempo."

“Nesta altura da trama, "Flaco" vive o conflito de querer amar Lalo sem machucar a linda mulher e os dois filhos. Não se sabe o fim da história. "Mas acho que ’Flaco’ vai hastear cada vez mais essa bandeira emocional de honestidade com seus sentimentos e sua sexualidade", diz Sancho. Ou seja, "Botineras" vai seguir ao ritmo de "bésame mucho más".”

Fonte: Folha de São Paulo

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