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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Entrevista - Marília Gabriela


"Não consegui convencer o Silvio a me dar uma entrevista, mas não irei desistir nunca", diz Gabi em entrevista

Marília Gabriela aceitou o convite de Silvio Santos e pela terceira vez está de volta ao SBT. Atualmente ela apresenta um programa de entrevistas no canal pago GNT e começa a preparar a estreia do “De Frente com Gabi”.

Em coletiva realizada na manhã da última terça (25), Carla Soltanovitch, do NaTelinha, conversou com Gabi. Confira:

NA: Nas duas emissoras - GNT e agora SBT - o seu programa vai ao ar no domingo. Foi uma escolha sua?
Marília Gabriela: Foi. Eu acho o domingo um belíssimo dia para mostrar esse tipo de trabalho que eu faço. As pessoas estão em casa e propensas a assistir uma entrevista mais longa. Como os horários são diferentes vou poder atingir públicos também distintos. No SBT eu vou entrar após o programa do Silvio Santos então será uma maravilha.

NA: O perfil dos convidados será diferente em cada emissora?
MG: Podemos dizer que no GNT eu tenho a possibilidade de fazer uma entrevista mais ‘pop’. Lá eu posso levar atores que estão nas novelas e pessoas contratadas da Globo. No canal a cabo fica mais fácil encaixar na pauta o entrevistado que quisermos. Apesar de que a ‘palavra final’ sobre a pauta é do Rio de Janeiro e não minha. Já no SBT eu terei a liberdade de brincar mais com a diversidade dos entrevistados e não terei nenhum tipo de interferência na escolha.

NA: Qual a principal diferença entre os dois programas?
MG: No programa do GNT existem algumas variações como imagens, curiosidades e etc, já no SBT não haverá nada disso. Teremos uma biografia resumida na abertura, que eu mesma digo, em seguida vem toda entrevista e para finalizar temos o bate-bola.

NA: O bate-bola faz a diferença?
MG: Sem dúvida nenhuma. O bate-bola pega qualquer um de surpresa, por mais experiente que seja em dar entrevistas. É nessa hora que consigo surpreender o entrevistado. É sempre revelador. Eu gosto muito dessa parte do programa.

NA: Você costuma refletir sobre a vida?
MG: Só vou dizer uma coisa: Eu acho sempre que ‘hoje’ é muito melhor do que ‘amanhã’ ou ‘ontem’. Eu tenho uma certa urgência em viver, eu sou uma pessoa atormentada com isso. O ‘hoje’ vale mais do que qualquer coisa.

NA: Você gosta de atuar. Agora, com dois programas, vai sobrar tempo para as novelas?
MG: Atuar é minha segunda profissão. Assim como cantar é a terceira... Só que neste momento eu só quero realizar um bom trabalho nos programas de entrevista. Por enquanto, não conversei sobre isso com a direção do SBT, nem recebi convite da Íris Abravanel.

NA: E teatro?
MG: Eu tenho um projeto no teatro, sim. Existe uma peça pela qual estou apaixonadíssima e provavelmente no início do ano que vem nós vamos montar. Eu digo no ano que vem porque parece que neste momento todos patrocinadores possíveis estão ocupados demais com a Copa do Mundo e com as eleições.

NA: Já pensou em ter um programa com plateia?
MG: Uns anos atrás eu tive essa experiência e não gostei. Esse formato de programa cabe melhor com humoristas. Eles fazem piadas quando percebem que a entrevista não está muito boa, improvisam comentários engraçados e dão um show a parte. Eu não consigo fazer isso e também me irrito quando a plateia está inquieta.

NA: Você tem vontade de lançar sua biografia?
MG: Já chegaram a conversar comigo sobre este assunto, mas não vejo sentido nenhum nisso. É horroroso dizer isso, mas vou confessar que honestamente eu acho biografia uma coisa de muito mau gosto. A sua história nunca é só sua, envolve sempre muitas pessoas que vivem à sua volta e que acabam se expondo involuntariamente. Pelo menos a minha vida jamais fará parte desse tipo coisa.

NA: Você gostaria de entrevistar o Lula?
MG: Ele já me prometeu que quando sair do governo eu serei a primeira a entrevistá-lo.

NA: Como é a sua relação com o Silvio Santos?
MG: É a melhor possível, tanto que esta é a terceira vez que venho trabalhar no SBT. Nada é problema para ele. A única coisa que ainda não consegui foi convencer o Silvio a me dar uma entrevista. Mas, não irei desistir nunca!

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