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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Caio Junqueira quer focar na TV


Por muitos anos, Caio Junqueira direcionou sua atenção para o cinema. Com 26 anos de carreira, o ator poucas vezes deu vida a um personagem fixo de novelas, deixando suas atuações na TV mais para participações em folhetins e trabalhos em séries de curta duração. No ar como o atrapalhado Joca, de "Ribeirão do Tempo", o ator carioca vive um novo momento profissional.

"Passei uns 10 anos fazendo muitos filmes importantes, que me valorizaram para essa segunda fase da minha carreira. Agora, tenho mais convites para personagens importantes na televisão", destaca. O interesse atual pelo meio é tanto, que ele já negou dois trabalhos em longas para se dedicar exclusivamente ao papel na trama de Marcílio Moraes. "Seria muito difícil conciliar. Também tenho um projeto para o teatro, mas só vou fazer depois que a novela acabar", explica.

Contratado da Record desde o ano passado --em 2009, Caio interpretou o policial Romero na série "A Lei e o Crime"--, o ator vive o seu primeiro protagonista em novelas. Mas foi a característica leve e bem humorada do personagem que mais o cativou no novo trabalho. "Me identifiquei muito rápido. É um personagem que tem uma atmosfera muito positiva e eu sou assim também", revela o ator, que encarna um aspirante a detetive que está sempre envolvido em encrencas. Além dos crimes que tenta desvendar, o romance conturbado com a esnobe Arminda, vivida por Bianca Rinaldi, é outro ponto que leva o personagem à comédia.

"O Joca não é completamente cômico. As situações que ele passa é que são engraçadas, não a forma de interpretar", analisa. Esta não é a primeira vez que Caio atua em uma produção na qual existe uma crítica política e social. Em 2007, ele interpretou o militar Neto Gouveia no filme "Tropa de Elite", de José Padilha, além do papel em "A Lei e o Crime". A repetição do tema, entretanto, foi coincidência.

"Apesar de também abordar a corrupção, o que representa um pouco o que vivemos no Brasil, são trabalhos completamente diferentes", avalia. Isso porque, no trabalho atual o personagem não tem nenhum contato com armas de fogo. "Ele usa gravadores, câmaras... Não pega em arma, nem usa força bruta para as investigações", explica. Para compor o papel, Caio assistiu a diversos filmes de detetives, principalmente comédias, como "A Pantera Cor de Rosa", de Blake Edwards. "O texto de Marcílio é muito esclarecido. Fica fácil de embarcar no personagem, porque só de ler dá para ter uma imagem do Joca", avalia.

Caio Junqueira pode dizer que atuar foi uma "herança genética". Filho do ator Fábio Junqueira, ele cresceu nas coxias do teatro. Influenciado pelo pai, aos oito anos o ator fez a primeira peça, "Dito e Feito", na qual interpretava o filho da Zezé Polessa. "O meu ciclo familiar e social sempre foi em torno do teatro. Apesar da influência, foi uma decisão minha. Sempre gostei de atuar", conta o ator, que um ano depois filmou seu primeiro longa "Com licença, eu vou à luta", de Lui Farias.

"Desde o primeiro trabalho já sabia que seria ator. Esse impulso já existia dentro de mim. Acho que a minha vida de ator começou quando eu nasci", explica, aos risos. Apesar da clareza de qual profissão seguir, Caio tem vontade de fazer uma faculdade, simplesmente por curiosidade. "Penso em fazer Psicologia. Não como profissão, mas pelo conhecimento. Para entender melhor o personagem e as relações humanas", justifica.

Fonte: UOL TV

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