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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Silvio de Abreu fala a Marília Gabriela


Existe uma fórmula para fazer novela? A esta pergunta, feita pela jornalista Marília Gabriela, o autor Silvio de Abreu responde que não, e completa: “Sempre tive sorte, nenhuma novela minha foi um fracasso. Mas, quando isso não acontece, a culpa não é do autor. Têm coisas que não caem no gosto do público”. O novelista revê sua trajetória no Marilia Gabriela entrevista,  exibido dia 22, a partir das 22h, no GNT.

Um dos maiores nomes da teledramaturgia do país, Silvio de Abreu é autor de Passione, que está no ar, e de outros 14 títulos de sucesso. Ele conta que todas as novelas precisam de pares românticos, sejam eles vilões ou mocinhos. “Mas devem ser diferentes. O casal que faço agora (Totó/Tony Ramos e Clara/Mariana Ximenes) é diferente”, ressalta.

Dono de um estilo que mescla comédia, romance e suspense policial, Silvio afirma que o autor sofre muito quando não dá audiência: “Graças a Deus, não é o meu caso”.

Em Passione, o autor conta que pensou em cada detalhe. Explica que os textos e os atores passaram por uma professora, para que o sotaque dos atores do núcleo italiano não soassem falso nem cafona. “O jornal ‘La Reppublica’, da Itália, me entrevistou estes dias. Acharam que é a novela em que o idioma italiano está melhor. Os gestos, a música, a entonação têm que ser perfeitas. Como colocar uma família italiana sem isso?”, conta.

Ele garante não ser fácil fazer uma novela e revela que demora muito para escrever, apesar de ter muitas ideias. “Gosto de aprofundar tudo o que faço. Levo um dia para fazer um capítulo. Esta novela (Passione) já começou com 60 capítulos na frente”.

Para ele, não existe tema polêmico que não possa ser tratado com delicadeza. O autor cita o caso da avó que explora a neta, uma trama que, segundo ele, “o público aceita bem”. Silvio também revela a Marília Gabriela o seu novo projeto: fazer o remake da novela Guerra dos sexos.

Fonte: JB On Line

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