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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

"A Fazenda 3" inova e começa escondido do público


Em matéria de televisão, onde nada se cria, tudo se copia, creio que a Record conseguiu inovar: estreou um novo programa um dia antes do anunciado e não mostrou para ninguém. Nesta terça-feira, às 23h, data da prometida estreia da terceira edição de “A Fazenda”, o público teve o privilégio de assistir ao segundo dia do reality show.

A medida teve um aspecto positivo e outro negativo. Ajudou, por um lado, a Record a dar dinamismo a um programa que, nas suas duas primeiras edições, penou pela falta de ritmo. Começando um dia antes de começar, “A Fazenda” poupou o espectador da lenga-lenga que transformou a estreia das duas primeiras edições em verdadeiros suplícios.

Por outro lado, o artifício de estrear “A Fazenda” longe dos olhos do espectador tirou o frescor da inauguração. Se fosse uma exposição de arte, seria possível dizer a Record promoveu um “vernissage” para convidados um dia antes da abertura para o grande público.

Em outros aspectos, “A Fazenda” mostrou evolução e amadurecimento. Começou pontualmente às 23h e terminou 87 minutos depois – sem dar tempo de cansar o espectador. Mais magro, Britto Jr. também estava mais contido – continua fazendo caras e bocas que lembram colegial em aula de teatro, mas quase não fez propaganda da Record e diminuiu consideravelmente o número de clichês disparados ao público.

O elenco selecionado para a terceira edição também parece ter mais potencial de nos divertir que os dois primeiros. Sergio Mallandro e Monique Evans, amigos de longa data, têm capacidade de substituir Britto Jr. nos momentos de tédio. Excentricidades de diferentes tipos, como Viola, Mulher Melancia, Geisy Arruda, Nany People e Tico Santa Cruz, prometem grande diversão. E há também, como não poderiam faltar, gostosas, modelos, atores e outros candidatos a sair do anonimato a qualquer custo.

O prêmio de R$ 2 milhões, maior que o R$ 1,5 milhão do último BBB, é outra atração – Britto Jr. nos lembrou disso uma meia dúzia de vezes. Se a Record não tiver vergonha de enfiar o pé na lama, mostrando o melhor e o pior do reality, e conseguir editar o programa com habilidade, a terceira edição da “Fazenda” tem tudo para deixar Boninho preocupado.

Fonte: Mauricio Stycer, do UOL

Um comentário:

  1. Não achei nada negativo. Não me senti traído. Com mais ritmo e uma boa edição essa temporada começa promentendo.

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