Vestida com um sári branco, traje típico da Índia, a 'sex symbol' Pamela Anderson está vivendo no país asiático um exótico confinamento na versão local do programa "Big Brother", atração que se encontra no centro de uma polêmica pela linguagem vulgar que utiliza.
Pamela, de 43 anos e famosa por seu papel como salva-vidas na série "Baywatch", ingressou nesta terça-feira no programa durante três dias, em uma tentativa do canal "Colors" de elevar a audiência.
A atriz apareceu animada e com um decote chamativo e cumprimentou seus companheiros com um "namastê", embora não tenha grandes chances de despertar a libido da conservadora Índia.
Segundo a imprensa do país, uma das condições impostas para a entrada da americana no programa é que ela não apareça de biquíni.
"Namastê Índia! Estou muito emocionada por ir a este país e conhecer todos os participantes do programa. Na realidade, é minha primeira visita, portanto espero conhecer um pouco da Índia durante minha estadia", disse a atriz em comunicado.
A chegada de Pamela, no entanto, não aconteceu em um bom momento: nesta quarta-feira, o Governo local decidiu restringir a veiculação do programa à faixa noturna por conta da linguagem vulgar e das carícias entre os participantes.
Na Índia, qualquer referência pública ao sexo é tabu, por isso o mero fato de uma participante se mostrar com pouca roupa durante alguns segundos ou um beijo carinhoso na bochecha já suscita uma onda de queixas.
Nas últimas semanas, a imprensa local divulgou constantes discussões ocorridas no concurso, com os participantes fazendo uso de palavras grosseiras ou com referências sexuais.
Os produtores costumavam sobrepor sinais sonoros para evitar que os insultos e as palavras de baixo calão fossem ouvidas, mas agora a frequência da aparição dos termos cresceu tanto que, de acordo com uma das participantes, "não é possível tapar tudo".
A versão indiana do "Big Brother" costuma recrutar participantes entre famosos "encostados" e pessoas relacionadas com o mundo do cinema e da televisão, e como alguns deles se conhecem, é comum vê-los vestidos mais à vontade.
Por conta do rumo que o programa tomou, a intervenção do Governo gerou elogios entre a própria categoria de atores, normalmente em alerta diante de qualquer espreita de censura por parte das autoridades.
"Nem sempre estive de acordo com alguns dos critérios prévios para a censura. Mas acho que esta é uma boa intervenção do Ministério", afirmou a conhecida apresentadora local Mandira Bedi.
Até agora, o programa vinha sendo transmitido às 21h (horário local), em um período considerado familiar, e os críticos denunciaram que a atração estava tendo um efeito nocivo sobre a população jovem.
Com a ordem do Ministério de Informação e Televisão, tanto o "Big Brother" quanto outro programa, "A justiça de Rakhi", terão que ser veiculados entre as 23h e as 05h, e os canais não poderão divulgar as transmissões fora desse horário.
No entanto, a ordem não entrará em vigor pelo menos até a próxima segunda-feira, já que o canal "Colors" obteve nesta quinta, no Tribunal de Mumbai, uma suspensão da medida até semana que vem, enquanto estuda o recurso apresentado pela rede de televisão.
Com isso, Pamela, que segundo a imprensa indiana se deixou ser vista varrendo e não consegue esconder suas rugas, já estará longe do estúdio, com os cerca de US$ 2 milhões que se embolsou com sua participação, quando o horário do "Big Brother" for alterado.
Fonte: UOL TV
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