Na segunda quinzena de maio, após ter participado de uma matéria com a equipe do “Profissão Repórter”, a travesti Luana Muniz passou a ser conhecida mundialmente pelo bordão “Travesti não é bagunça”. Na ocasião, ela que trabalha como profissional do sexo, partiu pra cima de um quase cliente que estava alcoolizado e só queria curtição.
“Não tem um só dia em que eu chegue para trabalhar e alguém me peça para fazer foto ou dar autógrafo. Trabalho na rua há 42 anos e isso nunca me aconteceu. Fico feliz pois percebo que o povo está deixando um pouco a ignorância de lado e percebendo que nós somos pessoas normais, com um trabalho como outro qualquer. Aminha popularidade aumentou depois do programa e já fui reconhecida até na europa por causa da reprise na Globo Internacional”, disse Luana ao EGO na noite desta segunda-feira, 22, durante a festa de aniversário da cantora Alcione, no Rio.
Com o reconhecimento em alta, Luana chegou a ser convidada pela prefeitura do Rio para fazer um show que foi batizado como “Travesti não é bagunça”. A apresentação remunerada aconteceu para antecipar as comemorações pela Parada do Orgulho Gay, que aconteceu no bairro de Copacabana, Zona Sul do Rio.
Projeto Social ao lado de celebridades
Se durante a noite Luana trabalha nas ruas do Centro carioca, é de dia que ela se empenha em projetos sociais em prol das travestis e das crianças e jovens que são portadores do vírus HIV. Ao todo são 120 famílias beneficiadas. “Como agente de saúde eu tenho a obrigação de fazer um trabalho bem feito, ainda mais eu que vivo nas ruas. Nesse momento estou trabalhando no Natal das crianças da Lapa. Tem muita gente famosa que ajuda e que não esconde isso. Outros preferem o anonimato e eu respeito isso. A Alcione, por exemplo, contribui com cestas básicas e brinquedos para os pequenos. Ela me ajuda muito e sabe da seriedade do meu trabalho”, explicou.
Além da sambista outros nomes como Emílio Santiago, Vera Fischer e Narcisa Tamborindeguy também já fizeram parte das arrecadações e ações em prol das famílias beneficiadas pelo projeto de Luana.
Foi na década de 70 que Luana Muniz assistiu ao primeiro show de Alcione, que aconteceu no Teatro João Caetano. Nesse dia, ela determinou que precisava conhecer melhor a musa Marrom. “Quando vi aquela mulher no palco falei para mim mesma que eu tinha que conhecer aquela criatura de perto. Os sonhos apenas acontecem e isso basta. A gente se conheceu e desde então ficou uma amizade. É uma coisa de afeto que não dá muito para explicar, existe. Sou uma pessoa forte, determinada, mas quando estou perto dela me sinto mais protegida. Acho que se trata de uma força interior que acaba se misturando ao carisma que ela tem”, definiu Luana.
Fonte: EGO
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