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terça-feira, 10 de maio de 2011

Vladimir Brichta não sente falta das novelas


De 2005 até agora, Vladimir Brichta foi visto em cinco seriados diferentes. A afinidade com esse tipo de produção não passa batida na carreira do ator. No ar como o infiel Armane de "Tapas & Beijos", o baiano é categórico ao afirmar que não sente falta de atuar em novelas --produto que o tornou conhecido na TV, em 2001 como o Ezequiel de "Porto dos Milagres". Esse distanciamento de produções mais longas tem um motivo. Vladimir prefere a estabilidade dos papéis de obras fechadas às incertezas que os rumos dos personagens de novelas estão suscetíveis. "Nesse meio tempo, eu quase fiz novela. Mas tive de recusar ou porque estava envolvido com outro projeto ou porque não achava o personagem ideal para aquele momento", explica ele, sem descartar uma volta aos folhetins.

Em "Tapas & Beijos", Vladimir dá vida a um homem casado que mantém uma relação extraconjugal, e estável, com a vendedora Fátima, interpretada por Fernanda Torres. "Acho que ele jamais vai ser odiado pelo público. Como a mulher dele não aparece em nenhum momento o foco não é a infidelidade, mas a falta de compromisso", analisa.

Enquanto na TV Vladimir é sempre visto vivendo tipos engraçados, no cinema, o ator experimenta o drama. Ele acabou de rodar "Coleção Invisível", na Bahia, filme do diretor Bernard Attal. "Esse personagem tem uma trajetória de amadurecimento tardia. Ele tem uns 34 anos e mantém uma vida cheia de irresponsabilidade. Não tem nada a ver com comédia", adianta sobre Beto, seu personagem no longa que tem estreia prevista para o início do ano que vem.

Sua última novela foi "Belíssima", há seis anos. Desde então, você atuou em diversas séries cômicas. Foi uma opção sua ou faltou convites para folhetins?
Não fechei as portas para novela, nem acho que elas foram fechadas para mim. Mas os últimos convites que surgiram para seriados foram mais interessantes. Nesses seis anos, houve várias sondagens, mas sempre bateram na trave. Ou porque eu já estava reservado para algum programa ou estava com fazendo algum filme ou porque não era exatamente o que eu queria para aquele momento.

Você sente falta de atuar em novelas?
Não tenho saudade de novela. Tenho boas lembranças de todas que eu fiz. Guardo com muito carinho, mas não sinto falta. Este seriado que faço agora não é protagonizado por mim, como era em "Separação?!", mas, ainda assim, tem gente tão especial envolvida, que trabalhar com essas pessoas está sendo melhor do que fazer uma novela na qual eu não sei exatamente como é o personagem. Se pintar algum convite para um papel interessante em alguma novela, eu vou topar.

A maioria dos seus personagens na tevê são cômicos. É o gênero que você mais se identifica?
Não sei responder qual gosto mais ou faço melhor. No humor, quando a gente conta uma história, a fazemos com um olhar crítico. Quando não estou fazendo humor esse olhar crítico e desconfiado não existe, acabo só conta mais uma história. Esse é um mecanismo que tenho para fazer as duas coisas. Filmei "Coleção Invisível", longa de Bernard Attal, enquanto gravava "Tapas & Beijos". No filme, o Beto, meu personagem, é bem dramático. É um desafio grande transitar nos dois gêneros, mas acho importante para a minha carreira poder ser visto das mais diversas formas. Eu não seria feliz fazendo só humor ou só drama.

Fonte: UOL TV

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