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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Vexame Pan-Americano da Record


Neste domingo (23/10), o Brasil bateu a Argentina na final do torneio de handebol feminino dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (México). A partida, que classificou a seleção para os Jogos Olímpicos de Londres (Inglaterra), em 2012, não foi exibida pela Record.

No lugar, o telespectador teve a oportunidade de presenciar um vexame. O Brasil foi eliminado logo na primeira fase do torneio de futebol masculino do Pan, após perder por 3 a 1 para a Costa Rica.

Aliás, este não foi o único vexame da noite. Nem do dia. A cobertura dos Jogos Pan-Americanos pela Record é lamentável. A emissora, que tanto critica a Globo, repete os erros da concorrente. Paga cerca de US$ 10 milhões pelos direitos exclusivos de transmissão da competição, desloca dezenas de profissionais para o México, bate no peito cheia de orgulho e exibe tudo mal e parcamente.

No sábado (22), a Record preferiu levar ao ar Rodrigo Faro imitando a Wanessa Camargo enquanto atletas brasileiros asseguravam duas medalhas de ouro na vela (Matheus Dellagnello, na Sunfish; e Patrícia Freitas, na RS:X feminina) e uma de bronze (Joice Silva, na luta olímpica). A programação não foi interrompida nem para um boletim de plantão. É "O Melhor do Brasil" que se tem para oferecer.

No domingo, entre 10h e 14h, reprises de competições realizadas ao longo da semana, inclusive mais uma da final feminina do vôlei entre Brasil e Cuba. É o novo "Pica-Pau" da emissora. O "Todo Mundo Odeia o Chris" da ocasião.

Enquanto isso, no México, atletas brasileiros competiam no triatlo, basquete feminino, marcha atlética, luta olímpica e polo aquático. De novo, nada ao vivo.

Vá lá, não dá para exibir tudo. Convenhamos, nem todo esporte tem apelo de emissora aberta. Contudo, fazer diferente é obrigação de quem se apresenta como alternativa ao status quo.

A Globo é criticada por todos. Com razão. Compra os direitos de exibição de diversas competições para engavetá-los, para exibir nas coxas, para alimentar nossa lamentável cultura esportiva, que só valoriza o futebol e, quando muito, outras modalidades que têm brasileiros na ponta. Porém, o descaso da Band com a Fórmula Indy e as trapalhadas da Record com o Pan de Guadalajara mostram que a exclusividade é a melhor amiga da preguiça. Sem concorrência, não há esforço. O telespectador que se dane.

Por Ale Rocha, do Yahoo

4 comentários:

  1. Realmente,esporte não deveria ser permitido direitos a apenas uma emissora.

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  2. neste país tudo é uma bagunça e acaba em pizza,infelizmente é o povo que paga e caro,mas estamos aqui para criticar, um dia vai me
    lhorar!!!

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  3. Ai que saudades os atletas devem estar do plim-plim!!! Isso é bom para uma certa emissora saber que não basta ter dinheiro para comprar direitos, é preciso também saber usar o material.

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  4. Uma coisa é certa: a concorrência aprimora em muito a qualidade. Quando há disputa sempre há a intenção de se superar e fazer melhor. E quem ganha com isso é o telespectador.

    Já se imaginava que a Record, devido à sua inexperiência em eventos do tipo, cometesse alguns deslizes, o que seria absolutamente normal. O problema é que eles se adonaram do evento com uma arrogância que levava a crer que poderiam fazer muito melhor que todos. E não é o que está acontecendo.

    Tomara que aprendam com os próprios erros, tenham um pouco mais de humildade e nas próximas competições não voltem a repetir algumas falhas lamentáveis como as que estamos vendo nos Jogos Pan Americanos de 2011.

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