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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Leona Cavalli dirigirá documentário


Muitos atores acabam descobrindo outras funções na área depois que ingressam na carreira. Leona Cavalli faz parte desta trupe. Sua fala mansa e jeito sereno escondem uma artista envolvida em mil e um projetos. E que ainda os concilia com seu mais recente papel, a determinada Celina em "A Vida da Gente", da Globo. "Hoje eu produzo, dirijo, escrevo e atuo. Mas tudo isso só aconteceu por conta da minha carreira. Antes de qualquer coisa eu sou atriz", ressalta ela, que é autora do livro "Caminho das Pedras – Reflexões de uma Atriz", que fala sobre o seu processo criativo.

Na produção de Lícia Manzo, sua personagem insiste em engravidar, enquanto o marido, interpretado por Leonardo Medeiros, não quer ter um filho. Além disso, Celina atua na trama como ombro amigo do médico Lúcio, de Thiago Lacerda. "Essa novela é bem séria, trata de assuntos delicados. Mas cada vez descubro o lado mais bem-humorado do papel", garante.

Apesar de já atuar na tevê desde 2001, quando esteve em seu primeiro folhetim, "As Filhas da Mãe", a trajetória de Leona é maior no cinema e no teatro. A atriz começou a ser reconhecida na área principalmente por suas atuações no cinema, que acabaram lhe rendendo um espaço na TV. "Apesar de ter demorado mais um pouco, aconteceu no tempo certo. Pude me aprimorar e aprofundar no teatro e no cinema para depois tentar a televisão", explica ela, que garante nunca ter tido preconceito em atuar em novelas.

"Sei que existem atores de teatro que dizem que a tevê é limitada, vendida, e que não é arte. Nunca fui assim. Quem é contra a televisão é contra o público. Eu sou atriz e represento para o público", defende. Além disso, já não vê diferença entre os veículos. "A gente está em um momento de profusão dos meios de comunicação. Um ator não é mais de um veículo só", opina.

Mesmo com a vasta experiência no cinema, onde atuou em filmes como "Amarelo Manga" e "Olga", Leona passa por uma boa fase na tevê. Depois de emplacar personagens como a drogada Dália em "Duas Caras" – folhetim das nove exibido em 2007, na Globo –, a atriz é reconhecida nas ruas pelo grande público. "Hoje valorizo meus trabalhos na televisão. Nela aprendi a alegria do cotidiano. Existem cenas que mostram atividades simples. Não é como no cinema e teatro em que toda cena é muito representativa", compara ela, que garante ser extremamente autocrítica em relação a seus trabalhos. "Estou aprendendo a não sofrer com isso. Pois na TV, vemos o resultado junto com o público. O bom é que a quantidade de tempo e cenas me dão a possibilidade de construir, mudar, com o decorrer", comemora.

Embora esteja comprometida com o folhetim de Lícia Manzo até os primeiros meses do próximo ano, a atriz já se prepara para ingressar em novos projetos. Ela está prestes a dirigir o documentário "O Caminho do Peabiru", que surgiu a partir de outro trabalho no cinema. "Estava com o projeto de uma ficção para comandar. Mas precisava de índios atores para esse filme. Então fomos fazer uma oficina de interpretação em uma tribo. O documentário mostra exatamente esse processo", adianta. Já o longa de ficção, "Arlequim da Rua 18", deve ser rodado no próximo ano. "Além de dirigir atuo um pouco. Não resisto", confessa.

Fonte: UOL

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