Após sete anos, Eduardo Moscovis está de
volta à Rede Globo para estrelar o
seriado Louco por Elas, nova atração da emissora. Ao lado de Deborah Secco e
Glória Menezes, o ator interpreta Léo, um técnico de futebol feminino que vive
rodeado de mulheres.
Mas Eduardo admite que na vida real, isto não
é muito diferente. Pai de quatro meninas e colaborador no programa Saia Justa, onde
divide a apresentação com mais três jornalistas, o ator garante que não tem
problemas no universo feminino.
Nesta entrevista, o ator fala sobre o novo
trabalho e revela por que ficou afastado tanto tempo da tevê aberta. Além
disso, Eduardo comenta sobre o assédio das fãs e o dia a dia com as filhas: “se
minha filha me pergunta se a roupa está bonita, eu falo: ‘posso ser sincero?’
“. Confira a entrevista completa:
Por que
você aceitou fazer o Louco por Elas?
“A ideia veio com o João, quando a gente se
encontrou. Eu queria muito trabalhar com o João, o texto dele é muito bom.
Quando estou lendo o capítulo, começo a rir sozinho! Estar inserido no meio
dessas meninas, desse trabalho, é muito legal, é tudo muito estimulante. O
processo criativo é todo muito bacana também. Eu gosto da agilidade da
televisão. Acho isso tudo muito emocionante. Acho que vai ser bom esse momento
de transição, voltar para a tevê, em um produto diferente, com uma outra
linguagem. Precisava de um estimulo diferente profissionalmente e na vida
pessoal. Voltei melhor, eu acho.”
Qual é
a principal diferença entre você e o Léo, da série Louco por Elas?
“A única ocupação do Léo é ser técnico de um
time feminino de futebol de areia. Eu sou um cara muito mais ocupado que o Léo
profissionalmente. E acho que a situação financeira também é diferente. Que,
por eu ter a minha ocupação, consigo me sustentar e também a minha família. O
que não é o caso do Léo.”
Você
sente muita diferença entre trabalhar em um seriado e em uma novela?
“Tem um ritmo completamente diferente. O
seriado é uma história que se conta a cada capítulo. Cada capítulo novo é uma
história com começo meio e fim. Mas,
apesar do seriado ter um capítulo semanal, quando a gente entra para gravar,
grava direto, todos os dias.”
Nesse universo
feminino em que você vive, tem alguma coisa que você faz que você nunca se
imaginou fazendo?
“Tem várias coisas! Escolher roupa para filha
pré-adolescente, por exemplo. Mas eu não tenho a pretensão de achar que ela vai
concordar com a minha opinião. Ela vem, sai da cabine e me mostra. Se minha
filha me pergunta se a roupa está bonita, eu falo: ‘posso ser sincero?’. Porque
tem umas modas que eu não curto, não acho bacana. Mas eu entendo que é moda,
que é fase. A minha filha mais nova tem cinco anos e a mais velha com 13. As
dificuldades que cada uma vai apresentando são diferentes.”
E o dia
em que as suas filhas disserem que estão namorando? Como vai ser?
“Não sou ciumento. Não dá mais para ser isso.
Eu vou querer que elas namorem muito, que elas sejam felizes. Torço para elas
encontrarem caras bacanas. Mas, infelizmente, elas vão achar uns caras caídos,
que vão sacaneá-las, elas vão se desiludir, como todo mundo. Não tem como criar
uma ilusão nem para elas, nem para mim.”
Por que
você ficou tanto tempo fora das novelas?
“Já tinha outros projetos em andamento e não
dava para conciliar. Foi uma coincidência. Não foi uma questão de dispensar.
Não tenho a pretensão de parar de fazer novela.”
Você
estava sentindo falta de estar no ar em um canal aberto?
“Não estava não. Não sei se fui criado para
isso, ser uma figura pública. De estar andando na rua e as pessoas me pararem,
me olharem, ou o lado mais invasivo mesmo, de ficarem me fotografando, com a
minha família. A sensação de que você está sendo observado o tempo todo me
cansa.”
Fonte: UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário