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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Record ainda tem muito o que aprender com a Globo


Assistir ao “The Voice Brasil” é permitir-se transbordar e viajar a mil por hora em um mar de emoções, das mais variadas possíveis. Já escrevi aqui em outras oportunidades a respeito da necessidade que os brasileiros possuíam em ter uma atração desse tipo na nossa televisão, principalmente aos domingos. Mas há uma particularidade inquestionável: poucas vezes na história, um programa superou tanto a si próprio, semana após semana. Não tem pra onde correr.

O que o Brasil assistiu neste domingo (18) foi muito mais do que um programa musical ou um reality-show com o objetivo de revelar um grande nome na MPB. O que se viu foi um espetáculo impecável, apresentações intocáveis e, sobretudo, a justificativa para a TV Globo estar no ranking das maiores emissoras do mundo. Pouquíssimas outras – uma ou duas, talvez – sabem fazer e fariam tão bem feito. E aí não tem jeito, evidenciou-se o tamanho do caminho que a Record, que se diz sua principal concorrente no país, tem a percorrer para que, um dia, chegue próximo daquilo que chamamos “padrão de qualidade”.

A melhor forma de estabelecer uma relação comparativa entre as duas emissoras que mais investem em sua programação é observar a maneira como cada uma trata seus respectivos programas musicais. Programas esses que mundo afora são sucessos midiáticos absolutos.

O “Ídolos”, da Record, é tão somente mais uma atração musical e o canal de Edir Macedo não faz a mínima questão de transformar o show num evento importante. Para se ter uma ideia, nesta semana, o telespectador esperou até depois da meia-noite para acompanhar o reality comandado por Marcos Mion, em mais uma dessas infinitas trocas de horário com as quais sofre a grade da emissora da Barra Funda. Assim, sua repercussão é mínima e, em relação a proposta, torna-se desnecessária sua produção.

Por alguns motivos – que poderiam ser alcançados pela Record com o “Ídolos” não fosse a incompetência administrativa que há tempos vem levando a emissora ao fundo do poço – o “The Voice” se difere. Não há erros na parte técnica, mesmo nas duas edições ao vivo, está num dia e horário onde o público se interessa por algo desse tipo, possui em seu elenco artistas que impreterivelmente atraem olhares e chamam atenção, evidencia a música em seu estado pleno, a voz em sua essência mais simples.

Por causa de sua grande direção e por estar numa rede que, sobretudo, respeita o seu telespectador, o “The Voice” conquistou os brasileiros. E ninguém pode provar o contrário. É simples: a Record ainda tem muito o que aprender com a Globo principalmente porque a Globo ainda tem muito o que ensinar à Record.

Fonte: Na Telinha

Um comentário:

  1. Faço minhas suas palavras, isto sem contar a maneira como tratam os candidatos. Não fazem chacotas, piadas de mau gosto, quem sai, tem a certeza que foi respeitado. E vamos combinar, cantores de primeiríssima qualidade.

    Adorei o artigo. Parabéns. Bjus

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