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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

'CQC' é barrado na Câmara


O Congresso, depois da festa com a blogueira cubana, discursos sobre transparência e liberdade de expressão, através da mesa da Câmara, barrou a entrada do CQC. Uma equipe do programa, no dia 20, quarta-feira passada, não teve o acesso permitido, o que causou enorme surpresa e decepção em todos.

Foi a primeira vez que isso aconteceu. Há uma informação que este assunto estará em pauta na reunião da Mesa Diretora, prevista para amanhã, quarta-feira (27), em Brasília.

Procurado, Marcelo Tas, âncora do programa, ainda se mostra surpreso com tudo. "Fiquei procurando aqui, acredite, uma razão para isso e não encontrei", disse. "Sempre tivemos uma excelente relação com a Câmara, ao contrário do Senado. Temos vários deputados que colaboram com as nossas reportagens mesmo sendo constantemente criticados, como é do feitio do programa."

E prossegue:" A discussão se o 'CQC' deve ou não fazer a cobertura do Congresso me remete ao início da minha vida profissional, início dos anos 80, onde eu fazia exatamente este tipo de cobertura, misturando humor e jornalismo, na pele do repórter Ernesto Varela, quando ainda vivíamos os resquícios da Ditadura, é importante lembrar. Não podemos agora, em plena vigência do regime democrático, retroceder neste quesito.'

Por fim, Tas se mostra confiante num desfecho positivo para o caso. "Prefiro confiar na sensibilidade da Mesa Diretora e dos deputados que sabem que uma grande parcela de brasileiros, especialmente jovens eleitores, foram despertados para a discussão política acompanhando o 'CQC'.", disse. "Creio que todos nós que lutamos, conquistamos e prezamos pela liberdade de imprensa não podemos nos conformar com qualquer tipo de restrição ao trabalho da equipe do CQC ou qualquer um que vise divulgar o que acontece na Casa do Povo."

E completa: "Estive essa semana em Washington, onde visitei o Museu do Jornalismo, o Newseum. Lá encontrei, uma definição de jornalismo quero compartilhar com você: 'Notícia é o que alguém, em algum lugar, quer evitar que seja publicada - Lord Northcliffe, publisher inglês do início do século 20'".

Fonte: Flávio Ricco

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