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segunda-feira, 25 de março de 2013

Trama policial domina “Salve Jorge”


Com audiência totalizando 31 pontos na Grande São Paulo – da estreia até o momento -, “Salve Jorge” está longe de ser uma grande novela e de ser algo marcante no currículo de Glória Perez. Mas vem esboçando reação nas últimas semanas ao conseguir se manter acima dos 35 pontos quase que diariamente. Já chegou a bater na casa dos 40 (ainda que a essa altura do campeonato isso possa não acrescentar muito à média geral).

Embora alguns discordem, os números são um reflexo do novo ritmo da trama – focada na ação policial contra o tráfico de pessoas. Isso tem favorecido artistas como Giovanna Antonelli, muito bem na pele da delegada Helô – com direito até à realização de fantasias sexuais na cena da reconciliação com o ex-marido (leia abaixo).

E não é que na última semana Morena (Nanda Costa) até apareceu pedindo a São Jorge “que tudo dê certo”? Será que foi transmissão de pensamento? Pois esses dias mesmo citei que até o “santo guerreiro” estaria em segundo plano. Ainda cantei a bola sobre a conexão de Glória Perez com o público e sua habilidade em promover mudanças de acordo com as necessidades.

Delegada cheia de estilo – Agora o foco é a ação da delegada Helô para desestabilizar a organização criminosa comandada por Lívia (Cláudia Raia). É aí que a personagem de Giovanna se sobressai. A atriz conseguiu transformar um limão em limonada – o que parecia inexpressivo num primeiro momento, hoje rouba a cena em meio a vilãs um tanto sem credibilidade.

Além de seu trabalho, Giovanna conta com outros pontos a favor. A personagem é extremamente carismática e humana. Longe da delegacia e do perfil linha dura, demonstra suas fraquezas (a compulsão por compras é rota de fuga dos problemas), vive em conflito com a filha Drika (Mariana Rios) e o genro inútil, Pepeu (Ivan Mendes), e tem uma relação de amor e ódio com o ex-marido Stênio (Alexandre Nero).

O simpático casal funciona bem e caiu nas graças do telespectador, que hoje torce para que termine unido. A cena da “trégua” entre os dois – ela não cedeu à tentação - acabou no quarto e teve direito à fantasia de oncinha, máscara e chicotinho. Não duvido que logo após soltar um “não acredito!” muita gente viu que, o que poderia parecer bizarro, cafona e até caricato, ficou divertido. Para o perfil da dupla só mesmo uma cena de impacto, longe do óbvio.

Outros itens que geram proximidade – não esquecendo que é uma policial de ficção, com alguns estereótipos – são maquiagem, cabelo e figurino. Acessórios que ajudam na composição da personagem caíram no gosto popular. Vale lembrar que a decoração da casa da delegada é de muito bom gosto. Ou seja, de cada dez telespectadoras, dez querem ser Helô.

O que não tira o mérito de Nanda Costa. Pelo contrário, sempre gostei da atriz e achei super louvável a postura de Glória Perez de apostar numa “novidade”. Nanda já havia arrasado no papel de Dolores Duran na série “Por Toda Minha Vida” e segue dando conta do recado, nos livrando da mesmice das protagonistas de sempre. Ao contrário de Théo (Rodrigo Lombardi), a delegada surge como a grande heroína da história.

Sou contra a turma do “eu odeio”, do falar mal por falar, sem fundamento. Um projeto pode não fazer sucesso, ser alvo de muitas críticas (eu também aponto vários aspectos negativos e até os muitos deslizes da autora nesta trama). Mas – por pior que seja ou pareça – nem tudo é 100% ruim. Mesmo nos “fracassos” encontramos algo que se destaca. E Giovanna é dessas exceções. O que seria da pobre Morena sem a delegada? O que seria de “Salve Jorge” sem Helô?

Fonte: Yahoo

Um comentário:

  1. Adoro a delegada, ele ganhou o destaque na novela, e sem dúvidas merecissidimo, Antonelli está de Parabébs!
    torço por ela e stênio

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