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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Record pode terceirizar toda a sua programação


Visando diminuir os seus gastos, já que sua conta não tem fechado, a Record estuda fazer uma reformulação ousada.

Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, a emissora pensa em terceirizar toda a sua programação. Ou seja, programas como “Legendários”, “Programa do Gugu”, “Hoje em Dia” e as novelas do canal seriam produzidos por produtoras independentes e comprados pela Record.

De acordo com a publicação, caso isso aconteça, os custos caíriam em cerca de 40%, porém a emissora demitiria vários profissionais e seus estúdios em SP e no Rio poderiam ser locados ou desativados.

Segundo diretores do canal, com o atual momento da economia brasileira, o balanço da Record está desfavorável, já que os anunciantes estão mais dispostos a investir na Copa do Mundo de 2014 e o governo está dando incentivos fiscais para produções independentes. Ou seja, para a emissora, atualmente, não é um bom negócio ser uma produtora de conteúdo.

 Os mesmos dirigentes ouvidos pela reportagem dizem que o canal fechou 2012 com um prejuízo de R$ 80 milhões. Procurada, a emissora não quis comentar o assunto.

Em tempo: O modelo de terceirização já foi adotado por algumas emissoras no Brasil, porém nunca de forma tão grandiosa como a Record estuda.

A Globo produziu algumas de suas séries, como "Som e Fúria" e "Suburbia", com a parceria de produtoras. A própria rede de Edir Macedo também trabalhou desta forma com "Turma do Gueto" e as primeiras temporadas de "O Aprendiz" (ambos via Casablanca).

Já em relação às novelas, tramas como "Floribella" e "Dance Dance Dance", na Band, foram feitas com a parceria de produtoras. Na Record, esquema similar foi adotado no passado, com "Metamorphoses", da Casablanca, e outras tramas como "Louca Paixão", da JPO Produções, do empresário João Paulo Vallone.

No exterior, o sistema de terceirização é bem mais consolidado. As emissoras de TV da Argentina adquirem de produtoras alguns programas, como o "CQC" e novelas. O mesmo acontece com canais dos Estados Unidos, de maneira bem mais extensa.

Fonte: Na Telinha

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