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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Marcello Antony reclama de preconceito no cinema


Com quase 25 anos de carreira, Marcello Antony não se conforma com o fato de ter feito apenas oito filmes. O ator adoraria estrelar um longa por ano, mas sofre com a escassez de convites para o cinema por ser um galã de novelas: o que lhe garante fazer críticas a esse cenário da dramaturgia.

"Eles acham que a gente vai cobrar um cachê absurdo, que não vamos aceitar qualquer papel. Muitos diretores ou produtores não querem associar um ator da Globo a um filme. Sem falar que tem uma panela muito forte, quase impenetrável. Muitos atores reclamam disso", desabafou ao Famosidades.

Outro desejo do bonitão é se tornar diretor. Ao contrário de Daniel Filho, Marcos Paulo e Selton Mello, Antony não pretende se aventurar por trás das câmeras na televisão.

"Eu penso em dirigir algo no teatro. Modéstia parte, eu até tenho talento para dirigir na TV. Sei dirigir ator, só que não tenho vocação. Termino de gravar e quero ir para casa. A televisão exige muito, é estafante, pesada", explicou.

Sobre o rótulo de galã, ele garantiu que esse tipo de coisa não lhe tira o sono. "Não me perturba porque televisão é televisão. Eu faço o que mandam. Não tenho muita preocupação com isso porque eu tenho o teatro para compensar."

Antony disse ainda que não escolhe os trabalhos que vai fazer na emissora carioca e também não se preocupa com a repetição de tipos na telinha.

"Mas, meu último trabalho na TV foi bem diferente. O Gerson de 'Passione' fugia de estereótipos. O Eron também passa longe do galã. É um desafio porque é diferente de tudo o que eu já fiz. E isso me faz crescer como pessoa e como ator", disse o astro que interpreta um homossexual em "Amor à Vida".

O ator afirmou estar preparado para protagonizar o primeiro beijo gay no horário nobre da Globo: "Falo que não se trata nem de beijo gay, vai ser uma 'lambida no saco mesmo'. Na verdade, isso vai depender do caminho que o autor vai dar aos personagens. Se vier, tudo bem".

Pai de três filhos, ele conversou com os herdeiros sobre o fato de interpretar um homossexual no folhetim de Walcyr Carrasco e que não proíbe as crianças de verem novelas.

"Meus filhos dormem cedo porque acordam às 5h30 da manhã para o colégio, mas se não dormissem poderiam ver a novela naturalmente. É certo que com uma orientação, sabendo o que está rolando. A gente conversa bastante sobre tudo, até sobre esse meu personagem ser bissexual. E eles riram à beça quando contei como seria.”

Fonte: MSN

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