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quinta-feira, 13 de março de 2014

Ex-integrante da banda Polegar vira delegado em SC


O ex-integrante da banda Polegar Denis Schlang Alves atualmente é delegado em Santa Catarina. Ele entrou na segunda formação da banda, quando tinha 16 anos, e ficou até completar 21. Depois da fama, o contrabaixista e vocalista se formou em Direito e antes de prestar concurso para a Polícia Civil ainda atuou como advogado e como oficial da Marinha. No início de março, ele assumiu como delegado em Concórdia, no Oeste catarinense, e logo a história do ex-polegar se tornou assunto na cidade.

Aos 37 anos, Denis lembra com saudade da banda. Segundo ele, a música o acompanha desde criança. A mãe tocava piano e acordeão, e aos 12 anos ele começou a fazer aulas de guitarra. Foi nesta época que o irmão, Alan, foi convidado para fazer parte da primeira formação do Polegar. "O tempo passou e quatro anos depois, quando o Rafael saiu, meu irmão me convidou para o grupo. Era o caçula, mas aceitei na hora", disse ele, que cantou sucessos como ‘Quero mais’, ‘Baby me leva’, ‘Gosto de Tudo’ e ‘Eu o seu olhar'.


O sucesso da banda - Segundo o delegado, na época a banda chegava a fazer cinco shows por semana. Lembra do assédio das fãs e de como, aos poucos, deixou a timidez de lado e começou a apreciar multidões. "Nosso público era praticamente formado por mulheres. Elas jogavam sutiãs, cantavam todas as músicas. Às vezes chegávamos no hotel e saia uma do guarda-roupa, outra debaixo da cama", ri ele, ao lembrar da cena.

"Na época, era muito tímido, mas comecei a gostar de falar em público. Atualmente concilio a atividade de delegado com a de professor universitário, que é a forma como consigo achar 'outro palco', falar, mesmo que seja para um grupo menor", argumenta.

Carreira como delegado - O sucesso durou até 1999, quando ele já cursava Direito. Foi quando percebeu que ouvir a mãe foi uma ótima ideia. "Ela dizia: filho, pode tocar, pode fazer parte da banda, mas vai estudar também", conta. Alguns anos depois, os shows começaram a diminuir e a venda de discos caiu. "Os garotos começaram a se formar, casar, ter família. Precisavam de uma renda fixa, porque as contas não esperam. Foi um processo natural, até que um dia a banda acabou", lembra ele, feliz por ter ouvido o conselho da mãe.

De acordo com Denis, o irmão, Alan, se formou em medicina. Alex seguiu a carreira musical e montou um estúdio e Ricardo abriu um restaurante. Marcelo, com quem ele mantém mais contato além do irmão, também é advogado.

Da fama, restaram alguns fãs, que sempre aparecem. "De vez em quando surge alguém na delegacia para registrar um boletim de ocorrência e diz: 'ei, eu te conheço de algum lugar'. Às vezes, acham que me viram na cidade. Outros já dizem: você não era do Menudo? Do Dominó? Fazia aquela dancinha? Confundem as bandas. Só rio e digo: 'Não, eu era do Polegar, mas a gente não fazia dancinha", conta.

Da banda, restaram os amigos. "Tenho mais contato com o Marcelo e com o meu irmão. Mas já fizemos reencontros. Um é padrinho do filho do outro, é amigo. Só eu não sou casado, mas cada um tem a sua vida e, sempre que possível, mantemos contato". 

Da música, restou o violão e os encontros com amigos, onde canta por diversão. Porém, não hesita em dizer que, se pudesse, voltaria a cantar com o Polegar. "Costumo falar, música está na veia. Mas o Alan não pode largar o plantão. Eu não posso dizer: estou indo fazer shows, volto daqui a dois meses. Mas se tivesse uma máquina do tempo, voltaria para aquela época. Mas, nunca digo nunca. Quem sabe um dia, quando me aposentar. Quem sabe o Polegar não volta?", sonha ele.

Fonte: G1

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