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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Novelas atuais repetem tramas e nomes de personagens


Laura (Natalia Dhil), a protagonista de “Alto Astral”, a novela das 19h30 que estreia na próxima segunda-feira (03), foi abandonada pela mãe quando era bebê e é obcecada pela ideia de descobrir quem ela era. Com essa história, agora, as três novelas da Globo vão explorar um mesmo clichê do folhetim: a dúvida sobre a verdadeira origem dos pais.

Em “Boogie Oogie”, a trama das 18h30, uma das histórias principais envolve a troca de bebês na maternidade. A esta altura da novela, Vitória (Bianca Bin) já sabe que não é filha de Carlota Giulia Gam) e Fernando (Marco Ricca). Já Sandra (Isis Valverde) tem consciência que Beatriz (Helisa Perissé) e Elisio (Daniel Dantas) não são seus pais.

Há ainda um complicador nesta história. No passado, Beatriz traiu Elísio com Paulo (Caco Ciocler), que suspeita ser o verdadeiro pai de Vitória. Como a novela se passa em 1978, quando ainda não havia testes de DNA confiáveis, a solução do mistério segue em aberto.

Por fim, em “Império”, a dúvida sobre paternidade envolve a heroína Cristina (Leandra Leal). Ela é filha de Eliane (Vanessa Giácomo), mas não se sabe se seu pai é Evaldo (Thiago Martins) ou o protagonista da historia, o comendador José Alfredo, vivido na fase atual por Alexandre Nero.

Na última quinta-feira (30), José Alfredo aceitou fazer um teste de DNA para esclarecer o assunto, o que motivou o restante de sua família a planejar um golpe para destituí-lo do comando da empresa.


Outra coincidência a unir das três novelas é o nome de um personagem: Vicente. Em “Boogie Oogie”, ele é um aposentado rabugento, vivido por Francisco Cuoco, pai da aeromoça Inês (Deborah Secco). Em “Alto Astral”, ele também é um aposentado, mas descrito na sinopse como um “gentleman”. Vivido por Otavio Augusto, é avô da protagonista Laura. Já em “Império”, ele é o chef de cozinha do restaurante da novela, inicialmente chamado Enrico, mas que agora ganhará o seu nome. Apaixonado por Cristina, está mexendo com o coração de Maria Clara (Andreia Horta), a filha do comendador.

A Globo inaugurou em 2014 um fórum interno dedicado teledramaturgia, comandado por Silvio de Abreu. É neste espaço que já estão sendo avaliados novos projetos de ficção. Decisões importantes, relacionadas às novelas que irão ao ar nos próximos anos na emissora, já foram tomadas. Se o fórum se dedicar, também, a uma análise mais cuidadosa das sinopses, poderá, no futuro, evitar repetições como estas que descrevi.

Fonte: Mauricio Stycer, do UOL

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