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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

5 motivos para continuar amando ‘Império’


Dois acontecimentos me chamaram a atenção em relação a “Império” recentemente. A quantidade de elogios dos leitores à trama, o que quem está acostumado a ler comentários em blogs sabe que não é tão comum, e o fato de bastante ser procurada por amigos pessoais em busca de informações sobre os próximos capítulos da novela. No mínimo, um bom sinal.

Mas daí acontece o inesperado. Uma das principais personagens da novela, Cora, tem sua trajetória abalada devido ao afastamento da atriz Drica Moraes. A solução encontrada pelo autor não poderia ser mais inusitada: Marjorie Estiano, que assumiu a vilã na primeira fase da novela, voltou. E é totalmente compreensível que esta mudança cause um enorme estranhamento no público.

De qualquer maneira, ainda vale a pena acompanhar a trama de Aguinaldo Silva. Por um simples motivo: “Império” foge do óbvio sem deixar de ser um novelão tradicional, do jeito que o povo gosta.

Em qualquer novela que se preze, o mocinho, no caso José Alfredo (Alexandre Nero), passaria a novela inteira longe de seu grande amor, mas, no final, terminaria nos braços da amada. No caso do folhetim das nove, a mocinha Eliane (Malu Gali) morreu. Nada de encontros e reencontros entre os protagonistas, mas sim uma sucessão de outras histórias, igualmente marcantes e interessantes.

Para quem ainda não se rendeu ou cogitou desistir da novela, aí vão mais 5 motivos para amar “Império”:

1) O protagonista José Alfredo é fascinante e extremamente autêntico. Ele é complexo e ambíguo. Consegue ser adorável e detestável ao mesmo tempo, um perfeito anti-herói.

2) A vilã Cora é outra personagem ótima, principalmente depois que deixou seu lado mais cruel aflorar - abandonando o lado cômico. Drica Moraes estava perfeita no papel, e seu afastamento é sim lamentável, mas a personagem continua em excelentes mãos. Marjorie Estiano é uma atriz muito competente e dá conta do recado.

3) Maria Marta (Lília Cabral) tem grandes momentos. Ela desce do salto quando preciso - como quando comeu frango de padaria para tentar destruir o romance de José Alfredo e Ísis (Marina Ruy Barbosa) ou quando rolou no chão com Cora -, tem uma língua afiadíssima, mas emociona em seus momentos de fragilidade. A química entre Nero e Lília Cabral e o talento de ambos fazem com que Marta e Zé sejam o melhor “não-casal” da novela - e de muitas outras também!

4) O trio hilário de Santa Teresa, formado por Xana (Ailton Graça), Naná (Vivianne Araújo) e Lorraine (Dani Barros). As cenas das três são engraçadas na medida certa.

5) A língua afiada de Aguinaldo Silva é um capítulo à parte. Da mesma forma que o autor diverte com suas cutucadas, consegue levantar debates importantes. Por falar no novelista, que outro autor escreveria uma festa de não-casamento? O momento foi ótimo para mostrar a força de Maria Clara (Andreia Horta) e, por contar com atuações excelentes, não pareceu tão absurdo quanto deveria.

Fonte: Yahoo

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