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sábado, 23 de maio de 2015

Saudade dos anos 80 turbina Canal Viva

Odete Roitman (Beatriz Segall), vilã de Vale Tudo, exibida pela Globo em 1988 e reprisada pelo Viva em 2010

Há cinco anos no ar, o canal Viva mexeu com o saudosismo dos fãs de telenovelas. O canal já reexibiu 21 novelas e 27 minisséries. A maior audiência foi a trama espírita A Viagem, de 1994, mas são as produções dos anos 1980 que sustentam sua audiência. Vale Tudo, de 1988, foi o primeiro grande sucesso e levou o canal à liderança no Ibope da TV por assinatura. Das dez novelas mais pedidas pelo público atualmente, sete foram produzidas na "década perdida" _como ficaram conhecidos os anos 1980, por causa da estagnação econômica.

Outra marca dos cinco anos canal, a serem comemorados nesta segunda (18), também foi um ícone dos anos 1980: a parada de sucessos Globo de Ouro, transmitida pela Globo entre 1972 e 1990. O programa resgatou artistas esquecidos, como a cantora Kátia Cega. A reprise do Globo de Ouro fez tanto sucesso que no ano passado o Viva decidiu produzir dez edições inéditas, a exemplo do que ocorreu em 2013 com o humorístico Sai de Baixo _também um hit do Viva.

Confira as dez novelas mais pedidas pelos telespectadores do Viva atualmente:

Livre para Voar (1984-1985)

Tony Ramos, Carla Camuratti e Thaís de Campos em Livre para Voar

Pardal (Tony Ramos) é um jovem que chega a Poços de Caldas sem revelar detalhes de seu passado. Ele se apaixona por Cristina, uma funcionária da fábrica de cristais, sem saber que ela, na verdade, é Bebel (Carla Camurati), dona da empresa, que volta da Europa disfarçada, para investigar a morte de seu pai. Pardal mora em um vagão de trem na companhia de Gibi (Fernando Almeida), um garotinho que fugiu do orfanato e sonha encontrar uma família. Outro companheiro do protagonista é o ex-maquinista Pedro, personagem que marcou a estreia de Elias Gleizer na Globo. No decorrer da trama, o público descobriu que Pardal era um arquiteto que foi acusado injustamente por um crime e se refugiou na cidade mineira.

A Gata Comeu (1985)

Jô (Christiane Torloni), protagonista de A Gata Comeu

Ivani Ribeiro adaptou outra novela de sua autoria, A Barba Azul (TV Tupi, 1974), para escrever A Gata Comeu, que conta a história de Jô (Christine Torloni), uma jovem mimada e sem muita sorte no amor, que ficou noiva sete vezes antes de se apaixonar por Fábio (Nuno Leal Maia). Ele é um professor, viúvo e pacato, personalidade bem diferente da mocinha. Os dois são obrigados a conviver durante dois meses após ficarem à deriva em uma viagem de barco, brigando e se reconciliando feito cão e gato.

Tieta (1989-1990)

Cassio Gabus Mendes e Betty Faria em cena de Tieta

A personagem principal de Tieta teve duas intérpretes: Claudia Ohana, na primeira fase, e Betty Faria. A história baseada no romance de Jorge Amado foi uma das maiores audiências das telenovelas. A moça, que saiu de sua cidade escorraçada pelo pai, volta anos depois para tumultuar a rotina dos moradores de Santana do Agreste com seu comportamento liberal. Um dos romances da protagonista é com o sobrinho, Ricardo (Cassio Gabus Mendes), e a exibição das cenas gerou protestos da Igreja Católica e do Ministério da Justiça, que as classificaram como incestuosas. O embate que ficou na memória dos fãs da novela foi o da protagonista com sua irmã má, a beata Perpétua (Joana Fomm).

Selva de Pedra (1986)

Fernanda Torres e Tony Ramos em Selva de Pedra

A versão original da novela foi exibida em 1972 e fez grande sucesso com Regina Duarte, Francisco Cuoco e Dina Sfat. A trama principal contava a história da artista plástica Simone (Fernanda Torres), que presencia uma briga entre Cristiano (Tony Ramos) e o riquinho Gastão (Marcelo Ibrahim) e vira testemunha da inocência do protagonista na morte de seu desafeto. Os jovens interioranos se apaixonam e vão morar na capital, onde o tio rico dele, Aristides (Walmor Chagas), vive. Deslumbrado com a vida de luxo, Cristiano acaba se deixando levar pelas artimanhas da bela Fernanda (Christiane Torloni) e do malandro Miro (Miguel Falabella) e deixa para trás a vida simples que tinha com Simone. Miro provoca um acidente na estrada e fica certo de que Simone morrera. Mas ela sobrevive e volta disfarçada, cheia de mágoas por achar que seu acidente foi provocado a mando do ex, que segue sendo procurado pela polícia por um crime que só a ex-mulher sabe que ele não cometeu.

Pai Herói (1979)

Elizabeth Savalla (Carina) e Tony Ramos (André) em Pai Herói

Depois de viver em um orfanato, André Cajarana (Tony Ramos) parte para a capital para descobrir a verdade sobre a morte do seu pai e inocentá-lo da acusação de roubo de terras e assassinato. Seu principal inimigo é Bruno Baldaracci (Paulo Autran), ex-sócio de seu pai, que se encarregou de difamá-lo após sua morte e se casou com a viúva, Gilda (Maria Fernanda), mãe do protagonista. Sem conseguir se aproximar da mãe, André é acolhido por Ana Preta (Glória Menezes), dona de uma gafieira que teve um caso com Bruno e até engravidou do vilão. Ela se apaixona por André, que por sua vez se apaixona por Carina (Elizabeth Savalla). Carina é uma bailarina de família rica que se casa com o inescrupuloso César (Carlos Zara), que está interessado apenas em sua fortuna. Ela se divorcia, mas perde a guarda da filha. Quando está no fundo do poço, encontra André. A bailarina acaba sofrendo um atentado, e o mocinho tem que lutar para se livrar da culpa.

Locomotivas (1977)

Lucélia Santos viveu Fernanda em Locomotivas

Recordista de audiência no horário das sete na época, a trama mostrava a história da ex-vedete Kiki Blanche (Eva Todor), que vivia com a filha biológica, Milena (Aracy Balabanian), e os três filhos adotivos: Paulo (João Carlos Barroso), Fernanda (Lucélia Santos) e Regina (Gisele Rocha). Milena e Fernanda são, na verdade, mãe e filha e se apaixonam pelo mesmo homem, Fábio (Walmor Chagas). Foi o primeiro folhetim na faixa das 19h a ter todas as cenas transmitidas em cores.

Amor Com Amor Se Paga (1984)

Ary Fontoura era Seu Nonô de Amor Com Amor Se Paga

O avarento Nonô (Ary Fontoura) obriga os filhos a seguirem suas esdrúxulas ordens para manter a economia doméstica, como nunca repetir as refeições e não usar energia elétrica algumas vezes na semana. Tomaz (Edson Celulari) é um rapaz alegre e otimista, que está sempre ao lado da irmã, Elisa (Bia Nunes), e se diverte procurando onde seu pai esconde a fortuna. A personalidade do protagonista muda quando ele conhece Zezinho (Oberdan Júnior), e o órfão consegue amolecer o coração do avarento. Aos poucos, ele se afeiçoa ao garoto e decide adotá-lo.

Celebridade (2003-2004)

Malu Mader era a mocinha Maria Clara Diniz em Celebridade

Marcada por vilões carismáticos e um barraco inesquecível, a trama foi o último grande sucesso de Gilberto Braga. A história da ex-modelo Maria Clara Diniz (Malu Mader), que virou promotora de eventos e não saía das capas de revistas de fofoca, desperta a inveja de Laura (Cláudia Abreu), que se faz passar por fã para se aproximar dela. Com a ajuda de Marcos (Márcio Garcia), seu plano é dar o golpe para tomar o lugar de Maria Clara. O embate entre a protagonista e Laura chegou ao auge com uma briga em um. A cena em que Maria Clara dá uma surra na rival está na lista das mais comentadas das telenovelas. Além do casal de trambiqueiros, outro vilão que caiu no gosto popular foi Renato Mendes (Fábio Assunção), o inescrupuloso editor da revista Fama, que fazia de tudo para ter uma história escandalosa em sua publicação.

Final Feliz (1982-1983)

Natália do Valle e Lídia Brondi em cena de Final Feliz

César Brandão (Roberto Maya) dá um golpe na família e simula a própria morte. Com isso, as filhas Suzy (Lídia Brondi) e Débora (Natalia do Valle) ficam sem dinheiro e precisam se adaptar à nova vida. A viúva, Maria Luiza (Lílian Lemmertz), segue sua vida e começa um relacionamento com Wagner (Walmor Chagas), mas vê tudo prestes a desmoronar quando o marido volta para revelar que não morreu. A trama marcou a estreia de Ivani Ribeiro na TV Globo. Foi também a única história inédita que ela apresentou na emissora. Suas outras novelas, como Mulheres de Areia e a Viagem, já haviam sido montadas em outros canais.

Hipertensão (1986-1987)

Cláudio Cavalcanti, Maria Zilda e Ary Fontoura em Hipertensão

A trama foi uma reedição de Nossa Filha Gabriela, exibida na TV Tupi em 1971, e teve como principais temas a busca de Carina (Maria Zilda) pelo verdadeiro pai e a investigação da morte da menina Luzia. Em visita à sua cidade de origem, Carina descobre que três senhores, Candinho (Paulo Gracindo), Romeu (Ary Fontoura) e Napoleão (Cláudio Corrêa e Castro), se casaram com trigêmeas, sendo que uma delas é sua mãe. No outro mistério da novela, Raí se envolve com Luzia, filha da empregada, e é considerado principal suspeito quando ela é encontrada morta.

Fonte: Notícias da TV

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