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domingo, 3 de janeiro de 2016

Maria Zilda Bethlem volta às novelas


Longe da TV desde "Aquele beijo", em 2012, Maria Zilda Bethlem voltará ao ar em "Êta mundo bom!", próxima novela das 18h da Globo. Ela interpretará Emma, amiga de Anastácia (Eliane Giardini), e trabalhará com moda.

- Ela vive em Paris no pós-guerra e vem ao Brasil trazer o prêt-à-porter (pronto para vestir). Antes da guerra, ninguém comprava roupa pronta, mandava uma modista desenhar. Então, ela aproveita a oportunidade e abre uma loja aqui.

A atriz ficou afastada do trabalho por conta dos problemas de saúde de seu ex-marido, o diretor Roberto Talma, que faleceu em abril deste ano.

- Ele ficou internado por muito tempo e eu não podia assumir compromissos longos. Foi uma pessoa que amei muito, pai do meu filho Raphael. Eu tinha que segurar essa onda. Foram três anos sabáticos, que envolveram muitas coisas tristes, mas também mudanças boas. Depois de ficar no hospital em São Paulo, Talma veio para o Rio e eu pude finalmente voltar para minha casa, que reformei toda. Em abril, ele foi descansar, estava sofrendo muito.

Antes de ajudar Talma, a atriz, de 62 anos, enfrentou um câncer de mama:

- Foi barra pesada. Não tive nem tempo para me queixar. Fiz a cirurgia para retirar o nódulo e 15 dias depois o Talma caiu. Precisei me recuperar, não deu para ficar gemendo. Mas depois da tempestade sempre vem a bonança. Tudo passa, é preciso ter paciência e fé.

Maria, que tem um relacionamento de oito anos com a arquiteta Ana Kalil (foto abaixo), de 41, e está casada oficialmente há dois, conta que não pensa em ter mais filhos. Ela também é mãe do político Rodrigo Bethlem, pai de Vitória e de Catharina, recém-nascida (foto acima).

- Espero ficar casada por muito tempo. Tenho meus gatinhos e uma neta que acabou de chegar. Não preciso adotar ninguém, não - brinca.

Além da trama de Walcyr Carrasco, Maria quer continuar se dedicando ao teatro. Quando o ex-marido estava no hospital, ela participou de eventos corporativos com um texto autobiográfico:

- Trabalhei naquilo que era possível. Escrevi o texto, fiz a luz e criei a trilha sonora. Não podia sair de perto dele por mais de uma semana, então, fazia pequenas viagens. Quer continuar encenando a peça.


Fonte: Patrícia Kogut

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