os últimos quatro anos, o carnavalesco e comentarista Milton Cunha dá um frescor à transmissão do Carnaval Globeleza. Com sua voz rouca e sua imprevisibilidade nas reportagens ao vivo, ele conquistou os telespectadores de todo o país.
Com a experiência de 22 anos de Carnaval, Milton Cunha é a voz do barracão na telinha da TV. Em 2016, ele ficará com a responsabilidade de mostrar tudo o que acontece na concentração das escolas do Rio na Globo.
"Eu sempre fui artista antes do Carnaval, eu tenho uma carreira no teatro longa, sou sindicalizado e depois que virei carnavalesco. Então, palco, luz, gravando e no ar é uma coisa que desde criança eu tenho dentro de mim. Quando eu era carnavalesco, eu fazia quadra, eu subia em queijo (palco) e apresentava, eu sempre fui vedete. Ir para televisão e começar a fazer reportagens eu acho que estou no meio da minha carreira", conta ele sobre a experiência de fazer matérias de samba na Rede Globo.
Gostando do resultado das suas aparições na telinha, o comentarista pretende novos voos em sua carreira artística. "Eu vou fazer ficção, vou trabalhar numa novela e apresentar um programa meu, ainda vou fazer muita doidice. Eu sou multifacetada, não consigo ser só carnavalesco, nem só televisão, nem só estudioso e nem só frequentador de boteco (risos). Eu quero muito e eu quero fazer tudo", enfatiza.
Sobre seu principal diferencial na transmissão Globeleza, Milton Cunha responde sem falsa modéstia: "Eu sou uma voz do barracão. Enquanto os outros são técnicos eu sou de dentro da comunidade. Eu conheço as costureiras, eu sei se é isopor ou fibra e eu sou amigo dos destaques, esse é meu universo e eles são minha gente".
"A maior dificuldade é o tom da minha voz, eu grito muito e falo muito alto. Eu estou no meu quarto ano, no primeiro eu via a cara dos técnicos de áudios da Globo desesperados (risos). Eles baixavam todo o volume, mas mesmo assim estourava (o áudio). Com o tempo eu fui baixando e dosando a emoção com o tom de voz que não explodisse os tímpanos dos técnicos da emissora", revela o comentarista sobre sua maior dificuldade em frente às câmeras.
Fonte: Na Telinha
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