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terça-feira, 12 de julho de 2016

Cena entre André e Tolentino promete emocionar


Os encontros e desencontros de André (Caio Blat) e Tolentino (Ricardo Pereira) em Liberdade, Liberdade têm mexido com o público. E a expectativa para o grande momento em que os dois se entregam completamente ao sentimento reprimido que nutrem um pelo outro tem tudo para emocionar os que torcem pelo casal.

Cheias de sutilezas e com o extremo refinamento do diretor artístico Vinícius Coimbra, as sequências gravadas na terça-feira, dia 28 de junho, emocionaram todos os que estavam presentes no estúdio. Os atores Letícia Isnard, Bruno Ferrari e Mateus Solano, por exemplo, acompanhavam a movimentação e não escondiam a curiosidade de ver o resultado do que estava sendo gravado. Todos sabiam que aquele era um grande momento!

 

Para Vinícius Coimbra, o drama retratado pelos dois personagens vai além deles dois. “Eu sempre me pergunto como deve ser difícil você não poder ser quem você é e, de alguma forma, você  ter que se reprimir perante a sociedade ou pela sua cor, ou pela escolha sexual, ou pela religião. Eu acho que em diversas partes do mundo as pessoas sofrem com isso."

Foi através deste sentimento tão comum ainda hoje em dia que veio a inspiração para dirigir a sequência: "Eu tentei buscar nesta cena a identificação com o público para que o  próprio público pensasse sobre o tipo de repressão que sente”. Vinícius quis sensibilizar as pessoas, dando a elas a oportunidade de questionarem seus  próprios conceitos em uma linda sequência cheia de romantismo e paixão.


O que se viu durante a gravação foi um cuidado imenso, muita sutileza e total entrega dos dois atores. “Acho que a gente tem a tendência de falar e pensar muito sobre a cena. Ali na gravação, no entanto, o que menos interessava era a gente pensar no texto ou na marcação. A gente queria viver aquele momento e tentar mostrar este conflito de, na época, eles não poderem viver isso publicamente. A intenção foi mostrar a força do amor que explodiu ali, mas que já estava quase explodindo há muito tempo”, pondera o ator Ricardo Pereira.

O desenvolvimento da história de amor entre Tolentino e André discute o preconceito, debate as intolerâncias e terá um fechamento surpreendente, adianta o autor Mario Teixeira.  “Trazemos a história de duas pessoas que têm sentimentos, mas não podem vivê-los, pois este é um período em que as relações do mesmo gênero eram proibidas por lei. São dois homens solitários, que vivem seus próprios – e diferentes – conflitos. Com o tempo, a atração começa a existir, mas os dois resistem muito a ceder ao que sentem um pelo outro, pois nesse período esse tipo de relação era chamada sodomia, crime passível de morte. Até que o amor entre eles fala mais alto”, afirma o autor.



O sentimento geral da novela, desde o seu primeiro capítulo, é de retratar as diversas formas de discriminação e intolerância, que ainda persistem na sociedade. Intérprete do André, um personagem que tem se transformado muito ao longo dos capítulos, Caio Blat não esconde a felicidade de estar fazendo parte desta história.

“É um prazer poder apresentar uma história assim, mostrar o sofrimento de tantas pessoas que precisam se esconder por causa do preconceito e mostrar como é difícil esconder quem você é e o que você sente”, diz ele, que ainda complementa: “Acho que esta é uma novela madura, as pessoas percebem que são temas contemporâneos que estão sendo tratados com um pano de fundo histórico. Tenho muito orgulho de estar representando esse personagem, que é comovente, lindo”.

Fonte: Gshow

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