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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Personagens esquecidos voltam a "Salve Jorge"


Esses dias mesmo escrevi sobre “Salve Jorge” e mencionei o vasto time de personagens deixados de lado por Glória Perez em sua atual novela global das nove. Ainda citei o grande número de bons atores fazendo figuração de luxo. Porém, fiz questão de ressaltar a capacidade da autora de mudar suas tramas de acordo com as respostas do público.

Tudo bem que ainda há aqueles que nunca mais vimos nem ouvimos falar. Mas não duvidem se até Duda Nagle (Caique) ressurgir! Pelo andar da carruagem – e a audiência se estabilizando na casa dos 40 pontos -, tudo indica que Glória Perez tentará se redimir com alguns atores, fazendo com que cada um tenha seu momento de destaque, ainda que breve, nesta reta final - a novela termina em maio.

E isso não será privilégio de Glória Perez. Já vimos ocorrer outras vezes. Por uma série de fatores – que não só o simples esquecimento -, autores focam em determinados núcleos em detrimento de outros. Há aquelas tramas que não se sustentam logo de cara, as que perdem fôlego ao longo do caminho, aqueles personagens que “não dão liga”, os imprevistos e por aí vai. Não há unidade, um conjunto que funcione.

Quando o autor não tem mais pra onde correr, opta por deixar de lado até “gente boa”. O descontentamento de alguns “veteranos” é motivo de alegria para “novatos” que veem a chance de agarrar a oportunidade de aparecer com unhas e dentes (ainda comentarei sobre os artistas que “comeram pelas beiradas” e roubaram a cena em “Salve Jorge”).

Numa história com inúmeros personagens como a de Glória Perez – a autora adora elencos numerosos -, esse subaproveitamento de alguns profissionais já era previsível. E, claro, por mais que alguns passem a aparecer de agora em diante, muitos seguirão na figuração de luxo, justamente pelo fato de defenderem personagens inconsistentes, caso de Rosi Campos (Cacilda), Otaviano Costa (Haroldo) e Ernani Moraes (Kemal).

Tem ainda Irina (Vera Fischer). A atriz andou se queixando publicamente. E Yolanda (Cristiana Oliveira). Aliás, sempre mal aproveitada desde que a Globo a tirou da extinta Manchete, onde despontou em “Pantanal”, no início da década de 90. Não estou afirmando que alguns desses "figurantes de luxo" não estejam defendendo seus personagens com dignidade e profissionalismo. Mas repito: há casos em que, por mais que o ator seja ótimo, o personagem não rende, a trama não vai para lugar algum, o autor não dá destaque.

Para bons atores não existem papéis pequenos? Isso vale até a página dois. Mas não vamos esquecer (com perdão do trocadilho) dos que vem ressurgindo aos poucos na história (ainda que não com a força de uma Fênix). Stênio Garcia já voltou a dar o ar da graça. Ultimamente, só víamos a mulher de Arturo, Isaurinha (Nívea Maria), em cena. Uma doença do personagem foi usada para explicar o sumiço do ator – que aproveitou a “folga” para viajar com a família. Vale lembrar que Stenio teria terminado “Caminho das Índias” (2009), da própria Glória, descontente com o pouco destaque que teve.

Agora a mesma doença servirá de pretexto para trazer à tona o grande conflito da família durante um exame para uma doação de sangue: Celso (Caco Ciocler) não é filho de Arturo, mas de uma relação extraconjugal de Isaurinha com o ex-marido de Leonor (Nicette Bruno). Aí mais uma personagem que prometia – inclusive em momentos cômicos – mas ficou perdida, sem graça.

Glória também resolveu lembrar que Walderez de Barros (Cyla) está na novela. Agora falta “ressuscitar” Silveira (Jonas Mello) e Dália (Eva Todor). Essa última não apareceu mais nem pra dar um “oi” para as amigas Isaurinha e Leonor. Já o caso de André Gonçalves (Miro) parece até mais grave que o de Duda Nagle.

Recentemente, Amanda (Lisandra Souto) perguntou sobre Yolanda ao pessoal da mansão e ouviu que ela havia se casado com um fazendeiro argentino (depois houve o encontro das duas e a reaparição de Cristiana Oliveira). Me chamou atenção que a pequena Carol (Mila Freitas) disse que o próprio Caíque havia confirmado que a mãe estava voltando ao Rio de Janeiro. E ele estava onde? Deu a entender que ali, perdido pelos cômodos da casa. Será a volta dos que não foram?

Fonte: Yahoo

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