terça-feira, 18 de outubro de 2011

Guilhermina Guinle fala sobre "O Astro"


Na primeira versão de "O Astro", Beatriz, vivida por Heloísa Helena, pouco se destacava na trama de Janete Clair. No "remake", adaptado por Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, Guilhermina Guinle assumiu a personagem já com infinitas diferenças. Mais contemporânea e atrevida, Beatriz revelou-se uma mulher decidida, tanto no aspecto profissional quanto no amoroso. Ao contrário da romântica Amanda, de Carolina Ferraz, a assessora do grupo Hayalla encara seus relacionamentos íntimos com menos compromisso e preocupação. "A Beatriz tem um lado sexual muito aflorado. De certa forma, ela tem uma cabeça muito masculina ao lidar com esse assunto", analisa Guilhermina, que comemora o lado descontraído de sua personagem. "Se ela quer se divertir, ela se diverte. É uma mulher que gosta de aproveitar a vida", opina.

Antes de se envolver com Neco, vivido por Humberto Martins, Beatriz já mostrava ser uma mulher sensual e despudorada. Mas, depois de virar amante do malandro, suas cenas esquentaram ainda mais. "Ela ama viver essa história com o Neco porque na cabeça dela é algo diferente. A Beatriz acha emocionante ter um namorado bandido", avalia a atriz, que costuma dar palpites nas sequências íntimas. Caso, por exemplo, do polêmico "take" que exibiu seus seios. "Eu e o Marco íamos fazer essa cena em pé. Aí, eu sugeri ao diretor de fazermos deitados e de uma forma mais delicada", conta, referindo-se a Marco Ricca, que encarna o mau-caráter Samir.

Apesar de Guilhermina afirmar que Beatriz é a sua personagem mais especial atualmente, ela garante que não tem apenas uma personagem preferida na carreira. Para a atriz, que além da Globo já passou pela Record, SBT e Manchete, todos os papéis que faz contribuem para o seu amadurecimento profissional. "O segredo do sucesso na profissão é você conseguir se manter em evidência ao longo da vida, não apenas em um trabalho", filosofa.   

Quando a Globo decidiu fazer a adaptação de "O Astro", você fez questão de participar. O que motivou você a querer fazer parte do elenco?
Logo depois que fiz "Ti-Ti-Ti", a Globo estava sondando os atores para "O Astro". Só que ela queria poupar os que tinham acabado de sair do ar. Então, fui eu que corri atrás. Eu quis participar por causa da equipe, por ser uma grande aposta da Globo e por ser um "remake". Ainda mais sendo da novela com a trama do famoso "Quem matou Salomão Hayalla?".

As cenas sensuais e de nudez da Beatriz foram muito chamativas. Você tem alguma dificuldade em fazer esse tipo de sequência ou de lidar com a repercussão dela?
Eu não vejo problema em fazer cenas de nudez, desde que eu acredite no que estou fazendo. A minha maior preocupação é ver se aquilo tem um propósito para a personagem. Tento fazer de primeira para acabar logo e ficar bom, mas não tenho problema com isso. São cenas em que há uma troca entre o diretor e os atores e um cuidado muito grande. Já os comentários maliciosos, eu não levo tão a sério. Acho engraçado.

Em televisão, é comum haver pouco tempo de preparação para um papel. Como você faz para encontrar o tom certo na hora de compor o perfil de uma personagem? 
No caso da Beatriz, eu fiz muitas leituras até pegar o tom dela. Já a Luiza, de "Ti-Ti-Ti", era uma mulher bem-resolvida que virou vilã. Então, apesar de existir uma sinopse, tudo pode mudar. O importante é entender a essência do personagem e fazer com a maior credibilidade possível cada cena.

Fonte: UOL TV

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