Assim como Pereirinha surgiu para provocar
uma reviravolta em Fina Estampa, o personagem marca um momento especial na
carreira de José Mayer. Após uma bem-sucedida temporada com um musical de época
no teatro, o ator entra na trama de Aguinaldo Silva com um perfil bastante
diferente do que o grande público está acostumado.
Dessa vez, ele deixa de lado o tom
galanteador para interpretar um malandro de carta maior. “Ele chega no meio de
uma gama de mistérios e possibilidades para a história, e isso é muito bom. É
um personagem que provoca mudanças na narrativa, além de fugir do meu perfil
habitual na televisão. Eu exerci a função romântica durante muitos anos, e ela
passou. Tudo passa. É uma diversificação muito interessante para mim”, ele
afirma.
Após 15 anos desaparecido, Pereirinha
reaparece no Jardim Oceânico para o desespero de Griselda (Lilia Cabral), que
acabou de ganhar R$ 50 milhões na loteria. Como se já não bastasse o susto da
portuguesa, ele ainda faz questão de retomar o posto de chefe da família.
Para José Mayer, o personagem não chegará a
ser um vilão, e poderá deixar no ar uma certa dualidade a respeito de seu
caráter. “Pretendo fazer o Pereirinha com um tom de leveza. Não vai para o
humor, exatamente, mas também não vai para a ameaça, para a violência. Ele é um
safado, um vagabundo, que odeia trabalhar”, conta o ator.
Em Fina Estampa, José Mayer também comemora o
reencontro com Lilia Cabral, uma grande parceira de cena. “Eu vou agradecer
muito ao destino por ter me colocado de novo com ela, porque sempre que
trabalhamos juntos, o resultado é muito bom”, ele diz. Já sobre a expectativa
da repercussão de Pereirinha com o público, ele afirma: “A Griselda é um
personagem de enorme aceitação. E ela criou todo um julgamento a respeito do
Pereirinha. Parece que eu aprontei poucas e boas. Mas, vamos ver. Eu vou
aparecer na história e tentar contar para o público que não é exatamente
assim”.
Apesar de ter descoberto uma nova paixão com
o teatro, Zé Mayer garante não haver a menor possibilidade de abandonar a TV.
“Quando um ator reinventa o próprio trajeto, é um alento. Com o espetáculo, eu
ampliei as minhas possibilidades de ator. Não largo mais musical, não. E espero
que o musical também não queira me largar nunca mais. É muito bom. Mas também
não vou deixar a televisão nunca. Eu vou só refazendo o trajeto, reinventando
alguns caminhos. Estou muito animado”, finaliza o ator.
Fonte: globo.com
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