Com audiência totalizando 31 pontos na Grande
São Paulo – da estreia até o momento -, “Salve Jorge” está longe de ser uma
grande novela e de ser algo marcante no currículo de Glória Perez. Mas vem
esboçando reação nas últimas semanas ao conseguir se manter acima dos 35 pontos
quase que diariamente. Já chegou a bater na casa dos 40 (ainda que a essa
altura do campeonato isso possa não acrescentar muito à média geral).
Embora alguns discordem, os números são um
reflexo do novo ritmo da trama – focada na ação policial contra o tráfico de
pessoas. Isso tem favorecido artistas como Giovanna Antonelli, muito bem na
pele da delegada Helô – com direito até à realização de fantasias sexuais na
cena da reconciliação com o ex-marido (leia abaixo).
E não é que na última semana Morena (Nanda
Costa) até apareceu pedindo a São Jorge “que tudo dê certo”? Será que foi
transmissão de pensamento? Pois esses dias mesmo citei que até o “santo
guerreiro” estaria em segundo plano. Ainda cantei a bola sobre a conexão de
Glória Perez com o público e sua habilidade em promover mudanças de acordo com
as necessidades.
Delegada cheia de estilo – Agora o foco é a
ação da delegada Helô para desestabilizar a organização criminosa comandada por
Lívia (Cláudia Raia). É aí que a personagem de Giovanna se sobressai. A atriz
conseguiu transformar um limão em limonada – o que parecia inexpressivo num
primeiro momento, hoje rouba a cena em meio a vilãs um tanto sem credibilidade.
Além de seu trabalho, Giovanna conta com
outros pontos a favor. A personagem é extremamente carismática e humana. Longe
da delegacia e do perfil linha dura, demonstra suas fraquezas (a compulsão por
compras é rota de fuga dos problemas), vive em conflito com a filha Drika
(Mariana Rios) e o genro inútil, Pepeu (Ivan Mendes), e tem uma relação de amor
e ódio com o ex-marido Stênio (Alexandre Nero).
O simpático casal funciona bem e caiu nas
graças do telespectador, que hoje torce para que termine unido. A cena da
“trégua” entre os dois – ela não cedeu à tentação - acabou no quarto e teve
direito à fantasia de oncinha, máscara e chicotinho. Não duvido que logo após
soltar um “não acredito!” muita gente viu que, o que poderia parecer bizarro,
cafona e até caricato, ficou divertido. Para o perfil da dupla só mesmo uma
cena de impacto, longe do óbvio.
Outros itens que geram proximidade – não
esquecendo que é uma policial de ficção, com alguns estereótipos – são
maquiagem, cabelo e figurino. Acessórios que ajudam na composição da personagem
caíram no gosto popular. Vale lembrar que a decoração da casa da delegada é de
muito bom gosto. Ou seja, de cada dez telespectadoras, dez querem ser Helô.
O que não tira o mérito de Nanda Costa. Pelo
contrário, sempre gostei da atriz e achei super louvável a postura de Glória
Perez de apostar numa “novidade”. Nanda já havia arrasado no papel de Dolores Duran
na série “Por Toda Minha Vida” e segue dando conta do recado, nos livrando da
mesmice das protagonistas de sempre. Ao contrário de Théo (Rodrigo Lombardi), a
delegada surge como a grande heroína da história.
Sou contra a turma do “eu odeio”, do falar
mal por falar, sem fundamento. Um projeto pode não fazer sucesso, ser alvo de
muitas críticas (eu também aponto vários aspectos negativos e até os muitos
deslizes da autora nesta trama). Mas – por pior que seja ou pareça – nem tudo é
100% ruim. Mesmo nos “fracassos” encontramos algo que se destaca. E Giovanna é
dessas exceções. O que seria da pobre Morena sem a delegada? O que seria de
“Salve Jorge” sem Helô?
Fonte: Yahoo
Adoro a delegada, ele ganhou o destaque na novela, e sem dúvidas merecissidimo, Antonelli está de Parabébs!
ResponderExcluirtorço por ela e stênio