Contratado da Record há 11 anos após uma
passagem bem-sucedida pelo SBT, Walter Zagari atualmente ocupa o cargo de
vice-presidente comercial da emissora de Edir Macedo.
Zagari acompanhou toda a transição da Record,
desde os primeiros passos na dramaturgia por "Metamorphoses" e
posteriormente com "A Escrava Isaura", a inauguração do Recnov, a
contratação de novos apresentadores como Márcio Garcia, Rodrigo Faro, Gugu
Liberto, Ana Paula Padrão, Mylena Ciribelli, Celso Freitas, e,
consequentemente, o desligamento dos que hoje não fazem mais parte do quadro.
Atualmente, Walter Zagari dirige o comercial
de uma Record que atravessa por um importante momento de reformulação, o qual
se adequará às suas próprias necessidades como as de mercado.
Salários astronômicos para celebridades,
contratações inflacionadas, luvas, investimentos inconsequentes e audiência por
si só são alguns dos entendimentos que ficaram no passado e que estão sendo
gradativamente revistos para um melhor funcionamento da empresa. "É
verdade. Naquele momento, valia esse raciocínio. Hoje, não", disse em relação
aos contra-cheques pesados.
Em entrevista ao jornalista Leo Dias, Zagari
justifica as mudanças: "A Record saiu na frente em relação a replanejar os
custos e fizemos isso antes de muitas empresas. Recebemos muita crítica no
início, esse reflexo foi muito ruim. Mas a Coca-Cola corta, a GM corta, a
Editora Abril corta. E isso foi feito não porque não estávamos faturando, mas
para replanejar".
Questionado sobre a lucratividade dos
programas da Record, o publicitário foi enfático na escolha de um trio:
"Jornal da Record", "Domingo Espetacular" e "Hoje em
Dia". Ele também citou o "Programa da Tarde", o qual, segundo
suas palavras, deu prejuízo em seu primeiro trimestre e que de janeiro para cá
vem operando no azul.
Em relação às Olimpíadas de Londres, cuja
exclusividade da cobertura em TV aberta foi da Record, Zagari desmentiu que o
investimento tenha sido um erro e deficitário: "Não, pelo contrário. Nós
pagamos 60 milhões de dólares em direitos, gastamos mais 60 milhões de custo de
produção e faturamos 250 milhões de dólares".
Quanto aos projetos, o vice-presidente
comercial da Record mantém sua animação de anos atrás. Uma nova promessa foi
feita para se assumir a liderança, que é ocupada pela Globo há mais de três
décadas: "A gente quer se igualar a nossa principal concorrente num
período entre quatro e sete anos".
Ele também se empolga ao falar da volta do
"Aprendiz", o qual já teve todas suas cotas vendidas.
O mistério, no entanto, fica sobre uma
eventual volta de Adriane Galisteu: "Eu adoro a Galisteu. Somos
amigos". Quando perguntado se ela voltaria à Record, o executivo solicitou
que o jornalista desligasse o gravador.
Fonte: Na Telinha
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