Em relação ao que vai sendo apresentado em
“Malhação”, e até como palpite para a equipe já envolvida na próxima temporada
do programa, um dos comentários mais inteligentes sobre o assunto, partiu da
atriz e escritora Carla Cocenza, que a gente faz questão de reproduzir:
“A forma como eles, os autores, abordam a
questão do adolescente e sua relação com a Internet está um pouco 'surreal'.
Entendo que hoje em dia existe muito mais limitação de conteúdo, então talvez
seja o caso de se 'inspirar' em séries americanas de grande sucesso e, assim,
recuperar seu público. "Pretty Little Liars" e "The Lying
Game", ambas da ABC Family, retratam adolescentes em suas escolas. As duas
são baseadas em livros da Sara Shepard. Sem contar todo o sucesso que
"Gossip Girl" fez. Acredito que em momentos de mais desespero, de
busca de público, o ideal é deixar as histórias autorais um pouco de lado e
buscar algo que o público já tenha uma certa afinidade. Mas como eu disse:
inspiração nos moldes, e não remake.”
Democraticamente, fica a sugestão.
É sempre bom deixar claro que temos
excelentes profissionais, entre experientes e jovens, capazes de desenvolver
bons trabalhos para a televisão ou qualquer outro veículo, que não ficam nada a
dever aos de fora. Se a Globo olhar para “Malhação” como olha para seus outros
importantes horários de dramaturgia, talvez consiga virar esse jogo, e este ano
ainda, inclusive. Mas é preciso querer.
“Malhação” sempre funcionou como escola ou
curso de aperfeiçoamento de talentos. A Globo jamais poderá abrir mão disso,
porque é impossível colocar aqui os tantos valores que saíram das suas
fileiras.
Fonte: Flávio Ricco
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