quinta-feira, 18 de abril de 2013

Malu Mader fala de seu novo papel "Sangue Bom"


Acostumada a viver mulheres sofisticadas na TV – como a bem-sucedida empresária e ex-modelo Maria Clara Diniz, de "Celebridade" (2003), e a editora de moda Suzana Martins, de "Tititi" (2010) – Malu Mader será a garçonete Rosemere em "Sangue Bom", trama que substituirá "Guerra dos Sexos" na Globo a partir do dia 29 de abril. A atriz contou, no entanto, que espanta-se quando as pessoas a associam à figura de uma mulher elegante.

"Às vezes, as pessoas falam: 'nossa, você fazendo um personagem popular'. Não me vejo como uma pessoa dessa elegância toda. Vivo de calça jeans e tênis. Se tivesse que comer arroz, feijão e bife todo dia e não usar grife, tudo bem", contou Malu Mader.

Na trama, escrita por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, Rosemere criou o filho, Filipinho (Josafá Filho) sem a presença do pai. "A Rosemere é muito apaixonada pelo filho. Vive para o Filipinho. Acho que ela vai provocar uma identificação no público brasileiro, já que é trabalhadora, animada, mas também chega atrasada e pede desculpa, pede um adiantamento. Ela é adorável", elogiou.

Rosemere encontra Perácio (Felipe Camargo), pai de Filipinho, 20 anos depois. Músico frustrado, Perácio não assumiu Filipinho, mas se casou com Brenda (Letícia Isnard) e assumiu os enteados como seus filhos.

Não é a primeira vez que Malu Mader vive par romântico com Felipe Camargo. Na minissérie "Anos Dourados", exibida em maio de 1986, eles faziam os papéis de Lurdinha e Marcos e tinham de enfrentar diversos obstáculos nos conservadores anos de 1950, no Rio de Janeiro, para conseguirem viver um grande amor.

"Todo dia que encontro o Felipe a gente tem um papo que rola, uma amizade, uma confiança. É como se a gente tivesse se visto na véspera", contou.

Malu contou que é uma mãe diferente de Rosemere. "Toda mãe se diz apaixonada pelo filho, mas meu caso é bem diferente do da personagem. Ela criou o filho sozinha. Usou toda sua energia para a maternidade. Já eu, tenho o Tony [Bellotto], que é um marido e um pai superpresente, apesar de ser músico e viajar muito", afirmou a atriz, que é mãe de João e Antônio.

Longe da TV desde o final de "Ti-Ti-Ti", a atriz falou sobre sua trajetória e confessou que não teve adolescência. "Comecei a trabalhar muito cedo e sempre fui muito velhinha. Tive pais muito velhos, vivia numa casa de adultos, meus irmãos eram muito mais velhos do que eu. E não tive uma alma transgressora, apesar de ser artista", afirmou.

Malu disse que começou a trabalhar aos 16 e ficou independente aos 19. "Meu pai era aberto, era ótimo comigo. Mas logo que ganhei meu primeiro salário, pensei: 'que bom, não vou dar mais trabalho aos meus pais'. Era uma filha maravilhosa. Uma criança precoce, madura. Já quis não depender de marido. Não queria casar, era um ser extraterrestre", recordou.

A atriz também relembrou o tumor benigno no lado esquerdo da cabeça que retirou há alguns anos. E disse que não é do tipo de pessoa que "se tornou melhor" depois da doença. "Passa um filme na minha cabeça. É claro que quando você passa pelas coisas, elas te imprimem marcas físicas. Não sei como teria sido se não tivesse passado por aquilo. Espero que tenha me deixado algum bom legado, mas preferia não ter passado", afirmou.

Embora esteja há um tempo distante da TV aberta, Malu tem aparecido bastante no canal por assinatura Viva, na reprise de "Anos Dourados" e "Anos Rebeldes". A atriz afirmou que adora rever seus trabalhos. "Tem gente que fala que não gosta, mas eu adoro. Tenho cinco sobrinhas e acho que a gente se parece muito. Algumas não assistiram na época porque eram muito pequenas. Então elas me ligam e falam: 'tia, está vendo?'. E sei que elas estão ligando porque estão se achando parecidas. A sensação não é nem que não estou mais jovem, mas é de que é outra pessoa. Parece que é outro ser", contou.

Fonte: UOL

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