Já estamos nos últimos dias de 2011 e chegou
a hora de relembrarmos os principais acontecimentos que marcaram a TV
brasileira no ano que chega ao fim neste sábado (31).
Janeiro
O trabalho na TV já começou intenso no
primeiro dia do ano. As equipes jornalísticas das principais emissoras
brasileiras focaram seus noticiários na cobertura da posse da presidente Dilma
Rousseff. O destaque da cerimônia foi a então desconhecida esposa do
vice-presidente Michel Temer, Marcela Araújo Temer (28), que se tornou um dos assuntos
mais comentados pela imprensa naquela tarde.
Ao contrário dos anos anteriores, as
emissoras optaram por estrear várias atrações em janeiro. Na Record, o destaque
foi para a minissérie “Sansão e Dalila”. No SBT, foram ao ar a segunda
temporada de “Solitários”, vencida pelo DJ André, e “Cantando no SBT”. O canal
de Silvio Santos também estreou o reality “Se Ela Dança, Eu Danço”, programa
que se envolveu em uma polêmica em dezembro. O título da atração foi requerido
pelo cantor MC Leozinho, que acionou a justiça e obrigou o canal a não usar
mais o título de sua música de maior sucesso. Já a Band estreou o “Mundo
Segundo os Brasileiros” durante as férias do “CQC”. Porém, o formato da
produtora Cuatro Cabezas não repetiu o mesmo sucesso do humorístico.
Mas sem dúvida, o maior número de estreias em
janeiro foi promovido pela TV Globo. Entre as novidades estava o “Esquenta!”,
programa de auditório de Regina Casé, regado a samba e pagode. A atração rendeu
bons índices à emissora, garantiu edições especiais e foi mantida na
programação de verão da rede carioca para 2012. Outra estreia foi a 11ª edição
do “Big Brother Brasil”, que não teve a mesma repercussão das temporadas
anteriores. A paulista Maria levou o prêmio de R$ 1,5 milhão para casa.
A teledramaturgia, que comemora 60 anos,
também foi foco da Globo em janeiro. A emissora lançou três microsséries: “O
Bem Amado”, “Amor em Quatro Atos” e “Chico Xavier”. Além disso, a novela
“Insensato Coração” estreou na faixa das 21h, e o sucesso da década passada, “O
Clone”, foi a escolhida para ocupar a faixa “Vale a Pena Ver de Novo”. No mesmo
mês, era encerrado o contrato de Ana Paula Arósio com a Globo, após a atriz se
negar a participar de produções do canal.
Fevereiro
Sem carnaval em fevereiro, a principal
novidade na telinha foi a estreia do programa “Bem-Estar”, comandado pelos
jornalistas Mariana Ferrão e Fernando Rocha na Globo. A atração, que leva aos
telespectadores dicas de saúde e qualidade de vida, diminuiu ainda mais o tempo
da programação infantil da “TV Globinho” e tirou audiência do concorrente “Hoje
em Dia”, da Record.
Ainda na Globo, foi exibido o último episódio
do seriado “Lost”, que por oito temporadas fez sucesso nas madrugadas do canal.
“Amor & Sexo” e “Aline” ganharam novas temporadas, porém o seriado
protagonizado por Maria Flor acabou sendo encurtado devido à baixa audiência. A
novidade nas madrugadas foi a estreia do “Corujão do Esporte”, comandado por
Tande, ex-jogador de vôlei.
Na Record, a novidade do mês foi a estreia de
mais uma temporada do reality-show “Troca de Família”. O programa voltou a ser
exibido na faixa nobre do canal, após a frustrada tentativa de emplacá-lo
dentro do “Tudo é Possível”. Já no SBT, o clima foi de tensão no setor de
jornalismo. Luiz Gonzaga Mineiro deixou a direção do departamento, após não
conseguir colocar em prática as mudanças que planejava, assim como não elevar
os índices de audiência do “SBT Brasil”.
Março
O mês foi de expectativa na Record. A rede de
Edir Macedo estreou a adaptação brasileira de “Rebelde”, segunda trama da
parceria com a Televisa. A novela mudou de horário várias vezes e perdeu
público. Nos primeiros meses, registrou audiência próxima aos dez pontos,
porém, com as mudanças, chegou a seis pontos em dezembro. A queda também foi
registrada em outras praças, como Rio de Janeiro e Brasília, onde a trama de
Margareth Boury era uma das maiores audiências da casa.
O carnaval na TV ganhou uma novidade: a
transmissão do “SBT Folia”, que se juntou aos tradicionais “Globeleza”, “Band
Folia” e “Bastidores do Carnaval”. Assim como a Band, a rede de Silvio Santos
focou no carnaval baiano, tendo Celso Portiolli e Eliana como as principais
estrelas da transmissão. E deu certo. O SBT superou a Band no Ibope, durante a
cobertura. O carnaval também foi importante para Rachel Sheherazade, que foi
contratada pela rede de Silvio Santos, após criticar a folia de momo na
afiliada paraibana do canal. Meses depois, ela assumiria o principal jornal do
SBT.
Em 11 de março, chegava ao fim a polêmica
licitação do Clube dos 13 pelos direitos do Campeonato Brasileiro entre os anos
de 2012 e 2014. E o processo acabou terminando em pizza. A RedeTV! anunciou a
compra do evento, porém, quem levou mesmo foi a TV Globo, que negociou diretamente
com os 20 clubes envolvidos e garantiu a transmissão pelos próximos anos.
Ainda em março, estreou a novela “Morde &
Assopra” na faixa das 19h da Globo. Criticada por alguns e amada por outros, a
trama que trazia robôs e dinossauros repetiu o bom desempenho da antecessora
“Ti Ti Ti”. Já Hebe Camargo faria sua estreia na RedeTV! no dia 15 de março.
Repetindo o formato clássico das últimas décadas, o programa “Hebe” tornou-se
uma das maiores audiências da emissora, que continua tendo o “Pânico na TV”
como seu carro-chefe. Por falar em RedeTV!, a emissora perdeu no mesmo mês a
afiliada em Santos e Campinas, a VTV, que migrou para o SBT, após esta perder a
TVB nas duas cidades, respectivamente, para Band e Record.
Abril
Como em todo ano, o mês de abril é marcado
pela grande quantidade de estreias. E não foi diferente em 2011. A Globo
estreou sua nova programação com “Tapas e Beijos”, ocupando o lugar do extinto
“Casseta & Planeta”, a série “Divã”, a nova temporada do “Profissão
Repórter” e o seriado dominical “Batendo o Ponto”. Enquanto “Tapas &
Beijos” elevou a audiência deixada pelos Cassetas, a Globo viu sua audiência
despencar com “Batendo o Ponto”, que foi cancelado pouco tempo depois e
substituído pela sessão de filmes “Domingo Maior”.
O reality-show “Ídolos” também estreou em
abril e mais uma vez não conseguiu emplacar a carreira do vencedor, neste ano,
Henrique Lemos. O campeão do programa acabou participando de alguns programas
da Record e desaparecendo rapidamente do cenário musical.
No SBT, chegava ao fim as especulações sobre
o novo diretor de jornalismo do canal. Alberto Villas, ex-“Fantástico”, era o
escolhido para reformular o setor. E em pouco tempo as mudanças já puderam ser
percebidas. A principal delas, o novo “SBT Brasil”, que estreou no mês seguinte
com um formato mais leve. A bancada passou a ser comandada por Rachel
Sheherazade e Joseval Peixoto, substituindo Carlos Nascimento e Karyn Bravo.
Outra novidade foi a aguardada estreia de
“Amor & Revolução”, segunda trama de Tiago Santiago no SBT. Porém, a
novela, que tem como pano de fundo a ditadura militar, não caiu no gosto do
público e tornou-se um dos maiores fracassos da emissora no ano. Com
dificuldade em romper a casa dos cinco pontos, o folhetim quase sempre derruba
a audiência entregue pelo “Programa do Ratinho”.
Ainda em abril, a Globo estreou a novela
“Cordel Encantado” e a apresentadora Luísa Mell conseguiu voltar à telinha. Ela
foi contratada pela TV Gazeta para apresentar o “Estação Pet”. Porém, a atração
teve curta duração e saiu do ar poucos meses depois.
O casamento real do príncipe William com a plebeia
Kate dominou os holofotes dos canais abertos e fechados no final de abril. O
casório foi tema obrigatório nos telejornais e foi o assunto mais comentado do
mundo no dia 29 de abril.
Maio
No início de maio, a Record apostava suas
fichas na novela “Vidas em Jogo”, que estreou no dia 2, para elevar os índices
da antecessora “Ribeirão do Tempo”. Porém, a novela, repleta de cenas de ação,
tem registrado o mesmo desempenho da antecessora. Outra novidade foi o programa
“E Aí Doutor?”, que registrou baixos índices de audiência e passou por vários
horários. A versão brasileira do americano “The Dr. Oz Show” acabou reduzida a
um quadro semanal dentro do “Tudo a Ver”.
Já o SBT aproveitou o mês para promover
mudanças em sua grade. Estreou o novo formato do “Carrossel Animado”, com a
dupla de palhaços Patati e Patatá, “Esquadrão da Moda”, “S.O.S. Casamento”,
“Festival SBT 30 anos”, que lançou Patrícia Abravanel como apresentadora, e
mais uma temporada do “Qual é o Seu Talento?”. Este último se tornaria sucesso
de público, derrotando a TV Record em algumas ocasiões, e se envolveria em uma
polêmica. A FremantleMedia acusou o formato de plágio e conseguiu impedir que o
SBT desenvolvesse uma nova temporada para o programa a partir de 2012.
Outra mudança foi o cancelamento do “Cinema
em Casa”, na faixa das 18h. O lugar foi ocupado pelo seriado “Chaves”, que
elevou os índices do SBT. Alguns meses depois, a emissora ainda exibiria na
faixa noturna os ‘episódios perdidos’ da série, tão solicitados pelos fãs do
programa mexicano.
A disputa pelos direitos do Brasileirão Série
A pela TV Globo traria prejuízo para a RedeTV! a partir de maio. Insatisfeita com
a postura do canal de Amilcare Dallevo durante o processo licitatório do Clube
dos 13, a emissora carioca resolveu trocar de parceira nas transmissões da
Série B. Saía a RedeTV! e entrava a Band, que já divide outros torneios com a
rede dos Marinho.
Já a TV Gazeta surpreendeu o público em maio
ao demitir a jornalista Maria Lydia Flandoli, após 20 anos no canal. Mas a
ausência de Maria Lydia da TV foi curta, pois em dezembro, o canal da Fundação
Cásper Líbero recontratou a experiente jornalista para comandar um quadro de
entrevistas no “Jornal da Gazeta”. Ainda em maio, Heródoto Barbeiro estreava na
Record News no comando do principal telejornal do canal.
Junho
Sem dúvidas o mês de junho foi o mais
movimentado nos bastidores da TV. Tudo por causa da polêmica transferência do
jornalista José Luiz Datena para a Rede Record. No dia 16 de junho, Datena
anunciava seu retorno ao canal da Barra Funda. E já no dia 20, ele reestreava o
tradicional “Cidade Alerta”. Com poucos dias na Record, Datena não conseguia esconder
seu descontentamento com a direção do canal e, em diversas entrevistas,
declarava estar com saudade de sua antiga emissora, a Band.
A insatisfação de Datena cresceu após a
Record proibí-lo de dar entrevistas à imprensa. Pouco mais de um mês após a
estreia, Datena se despedia dos telespectadores. “Muito obrigado, até um dia”,
disse o apresentador ao final do “Cidade Alerta” do dia 29 de julho. E seu
retorno ao “Brasil Urgente” ocorreu no dia 8 de agosto. Durante este período, o
jornalístico da Band foi apresentado por Luciano Faccioli.
Além da reestreia do “Cidade Alerta”, a
Record voltou a apostar no “Repórter Record”. O programa retornou ao ar aos
domingos, com as reportagens investigativas do jornalista Marcelo Rezende.
Ainda no ar, o programa não repete o desempenho da época em que foi comandado
por Roberto Cabrini. Já a Band aproveitou o mês para lançar o talk show do
integrante do “CQC”, Danilo Gentili. A atração, que conta com a participação da
banda Ultraje a Rigor, rendeu bons índices à emissora, que ampliou sua exibição
para três dias durante a semana e pretende torná-lo diário em 2012.
A continuação da Retrospectiva você confere amanhã.
Fonte: Na Telinha
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