terça-feira, 22 de maio de 2018

Autor dá pistas sobre "Segundo Sol"


João Emanuel Carneiro se prepara para dar a cara a tapa de novo. Depois de uma trajetória ascendente na Globo, do megahit “Avenida Brasil” e da não tão bem sucedida “A Regra do Jogo”, que colocou um ponto final em sua parceria com a diretora Amora Mautner, o escritor volta aos holofotes com “Segundo Sol”, próxima novela das nove da emissora, desta vez fazendo dupla com o veterano Dennis Carvalho na direção.

“A gente tem medo de ser chato” - “Tenho uma coisa em comum com o Dennis: a gente gosta de verdade na atuação. E a gente tem medo de ser chato. O medo de ser chato é muito importante sempre. Não podemos perde-lo. Enfim… Será uma grande jornada agora. Que Deus nos ajude, né?”, disse João.

“Thriller psicológico” - Sobre a trama… “É uma história de emoção, de família, singela, que chega no coração das pessoas, que fala da capacidade do brasileiro de se reinventar, como uma escola de samba. Conto com o talento do Dennis para dar esse clima de thriller psicológico e mostrar as camadas dos personagens, essa densidade de cada um”.

“Ele tem algo de Macunaíma” - Sobre o protagonista, o cantor de axé Beto Falcão [Emilio Dantas], dono de um só sucesso, que estava por baixo na carreira e finge estar morto quando percebe que pode faturar mais com isso… “Ele tem algo de Macunaíma. É um herói, mas com lados humanos, falhos. É um anti-herói também: topa enganar o povo, dizer que morreu e continuar vivo. Esse é o dilema, o conflito interno dele”.

“São dois mascarados” - E por que apostar em um mocinho “torto”? “Torço mais por gente mais humana, que tem falhas, alguns problemas, do que por pessoas totalmente puras, perfeitas”. A mocinha [Giovanna Antonelli] também é controversa. Acusada injustamente de um crime, ela foge para outro país e deixa os dois filhos pra trás. A menina vira viciada em drogas, o menino, garoto de programa… “A novela é muito sobre a volta dessa mulher que teve a família quebrada juntando os caquinhos, tentando se reaproximar dos filhos… E, sem querer, ela reencontra esse homem [o Beto], que foi o grande amor da vida dela e acha que está morto. Então são dois mascarados, dois mortos se encontrando… Como eles se tornarão de novo uma família? Essa que é a pergunta”.

“Diferente da Carminha, é uma figura libertária, que afronta os outros” - Não dá pra não falar das vilãs! Adriana Esteves, consagrada na pele de Carminha de “Avenida Brasil”, é a malvada da história de novo, interpretando Laureta, uma promoter que na verdade é cafetina, uma mulher ardilosa que ajuda Karola [Deborah Secco] a separar os protagonistas. “A Laureta é diferente da Carminha. A Carminha era dissimulada. Fingia que era mãe de família e era uma tremenda duma doida. Essa aqui não, essa é uma figura libertária, que afronta os outros. Ela justamente gosta de afrontar, é original. Não deve satisfação a ninguém. É uma transgressora. Faz o que quer, e gosta. É bem diferente da Carminha, que dava satisfação aos outros”.

“Nem sob tortura” - E Karola? “A Karola é uma vilã palhaça, errada, que se atropela, se atrapalha. Não é que seja cômica, mas é uma vilã muito humana. Mais não conto, nem sob tortura. O segredo do novelista é guardar seus capítulos”. (por Michelle Licory)

Fonte: Glamurama

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