quinta-feira, 17 de junho de 2010

Tiago Leifert é a nova mania nacional


O Brasil ainda nem passou para a segunda fase da Copa, mas já é fácil apontar o grande nome da competição: Tiago Leifert, rapaz que virou febre à frente do “Central da Copa”.  Se engana, no entanto, quem acha que Tiago surgiu agora. Desde janeiro de 2009, quando assumiu o “Globo esporte” paulista, Tiago é considerado um fenômeno local. Pelos fãs, o jornalista paulistano de 30 anos é quase um revolucionário. Ele combina despojamento, simpatia, espontaneidade e improviso levando a cobertura esportiva para o viés do entretenimento.

Foi assim, anteontem, com o episódio do “Cala a boca, Galvão”. Tiago passou o programa inteiro falando que, na emissora, não se podia tocar no assunto porque “homens de preto” o castigariam, referindo-se aos diretores da emissora. “A história dos ‘homens de preto’ veio da minha cabeça para caçoar das pessoas que têm teorias conspiratórias relacionadas à emissora”, contou Tiago à coluna.

O jeitão meio adolescente do jornalista, que é o editor-chefe do “Globo esporte” de São Paulo, parece ter contagiado até Galvão Bueno, que cedeu às pressões e falou sobre o tema. “Todos foram contaminados pela brincadeira. É uma brincadeira brasileira, afinal, o Galvão é nosso principal narrador. Nós — editores, produtores, apresentadores —, os chefes e o próprio Galvão entramos na brincadeira”, contou.

Tiago ainda não experimentou seu sucesso em terras cariocas. Pelo menos, enquanto não terminar a primeira fase da Copa — com três jogos por dia —, ele jura que só respira futebol. “Acordo cedo para ver os jogos. Chego na emissora às 13h30m. Fico no ar até o fim do jogo das 15h30m (que termina por volta das 17h30m). E depois passo o dia fechando o ‘Central da Copa’. Volto paro hotel às duas da manha, mais ou menos”, disse.

Quem assiste a Tiago tirando sarro de jogadores de futebol, malhando a Argentina e dançando o “Rebolation” nem imagina que, na vida fora da TV, ele seja um cara tímido, que gosta de sentar sempre no canto e passar despercebido. E, apesar da aceitação do público com sua maneira diferente de fazer televisão, Tiago passou por situações tortuosas na profissão.

Tudo porque ele é filho de Gilberto Leifert, diretor de relações com o mercado da Globo e presidente do Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária). Muitos ex-colegas reclamaram que o pai executivo de TV favoreceu sua subida meteórica na emissora. Conclusão: ele teve reportagens cortadas, foi excluído pelos companheiros e pensou em desistir de tudo.

“O fato de o meu pai trabalhar na Globo foi um acaso. Nunca pedi ajuda e ele não ofereceu. E ele sabe que eu não aceitaria se quisesse me oferecer. Meu pai ganhou dinheiro, sou de família rica. Cara, não há nada que eu possa fazer. Não vou reclamar”, disse ele em recente entrevista. E, para os invejosos de plantão: sim, ele usou o pai. Para lhe dar os contatos certos. Há algum mal nisso?

Fonte: Jornal Extra

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