Uma das novelas mais famosas das sete voltará
a ser destaque na telinha a partir desta segunda-feira (01). A exitosa “Guerra
dos Sexos” ganha uma nova leitura de Silvio de Abreu, quase 30 anos após sua
exibição original.
Os telespectadores voltarão a acompanhar uma
das guerras mais antigas da sociedade: a divertida disputa entre homens e
mulheres, repleta de implicâncias, rixas e combates de superioridade. E, no
meio de tamanha confusão, não faltarão pares românticos.
A nova versão do folhetim contará com Tony
Ramos e Irene Ravache nos papeis de Otávio II e Charlô II. Os personagens são
uma espécie de releitura de Otávio I e Charlô I, imortalizados pelo saudoso
Paulo Autran e pela veterana Fernanda Montenegro.
Lados
Opostos - A
idade nunca foi problema para Charlote (Irene Ravache). Charlô, como é
conhecida, adora pilotar carro, motocicleta e avião, além de praticar aulas de
paraquedismo. Alegre e destemida, a protagonista se envolve em aventuras
amorosas e só perderá o bom humor na presença de seu primo, que insiste em
chamá-la de Cumbuqueta.
Mas Charlô devolve o apelido à altura. Seu
primo, Otávio (Tony Ramos), é apelidado por ela de Bimbinho. Ele, um homem
sexagenário, é medroso, cheio de manias e de hábitos poucos saudáveis.
Preguiçoso, ele só será visto com disposição na hora de argumentar sobre as
vantagens de ter nascido homem. No passado, eles tiveram um romance e chegaram
a ficar noivos. O casório só não saiu do papel, pois Charlô jamais aceitou a
postura machista do primo e ele nunca se rendeu à possibilidade de se casar com
uma feminista.
Unidos?
Jamais!
- Os dois primos tomarão um susto no momento em que for divulgado o testamento
dos tios Charlô I (Fernanda Montenegro) e Otávio I (Paulo Autran), falecidos
após um infarto duplo durante uma prolongada noite de amor. O testamento
determina que a mansão e a rede de loja Charlô’s devem ser divididas igualmente
entre os dois, sem poder ser vendida. Sobrará para a governanta Olívia (Marilu
Bueno) ter que aturar uma nova guerra dos sexos. Depois de anos servindo ao
excêntrico casal da versão original, agora será a vez de trabalhar para os
herdeiros.
Movimento
na mansão - A
casa da discórdia será bastante movimentada. Felipe (Edson Celulari), apesar de
não morar no local, sempre irá visitar Charlô, sua mãe adotiva, e as filhas
Juliana (Mariana Ximenes) e Analu (Raquel Bertani), que moram com a avó. Para
infelicidade de Charlô, o filho é o braço-direito de Otávio e tem a mesma
personalidade do tio. Da mãe, herdou apenas a paixão por relacionamentos
amorosos. O personagem coleciona ex-mulheres e já foi proibido pelo tio de
casar-se novamente.
A caçula de Felipe, Analu, é tão confusa e
inconsequente como o pai. Em pleno dia do casamento, desistiu do noivo Kiko
(Johnny Massaro) e fugiu da mansão. Já sua irmã Juliana (Mariana Ximenes) é bem
diferente. Conhecida por sua competência, ela é chefe de departamentos da
Charlô’s. Bem sucedida, é o orgulho da avó e sua fiel escudeira. De postura firme,
ela desperta a atenção dos homens, inclusive de Nando (Reynaldo Gianecchini), o
motorista da família.
O rapaz é o confidente do patrão Otávio. De
porte atlético, Nando não faz ideia do impacto que causa nas mulheres. Porém, o
que ele queria mesmo era conquistar a bela Juliana. Nando opta por ficar na
sua, por acreditar não ter a menor chance com ela.
Amor
proibido de filha...
- Juliana não tem olhos para Nando, assim como não tinha para Fábio (Paulo
Rocha), fotógrafo e ex-secretário de Felipe. Porém, com o tempo, a amizade
virou amor. Só que já era tarde demais, pois quando os pombinhos perceberam o
sentimento, Fábio já era casado com Manuela (Guilhermina Guinle). E é essa
tristeza que Juliana carrega: a culpa de se relacionar com um homem casado e de
não tê-lo só para si.
Manuela é uma mulher rica, sofisticada e
difícil. Adora fazer inveja nas amigas ao posar ao lado do bem sucedido marido.
Fútil, ela não dá atenção à pequena Ciça (Jesuela Moro). Em meio ao
temperamento da esposa, Fábio sonha assumir o amor por Juliana.Enquanto esse
dia não chega, o casal mantém o romance em segredo. Para isso, eles posam como
inimigos mortais na frente de todos. Já sozinhos, vivem encontros românticos.
Além disso, Juliana aproveita as investidas do ex-noivo Ronaldo (Jesus Luz)
para disfarçar seu amor por Fábio. Já ele, finge paquerar as belas modelos da
loja.
...
amor proibido de pai - Quem dá em cima das funcionárias da loja, na verdade, não
é Fábio e sim Felipe. Irritados com a postura dele, Charlô e Otávio decidem
proibir relacionamentos entre funcionários da rede de lojas. Em caso de
descumprimento, a multa é a demissão. Mas nem isso intimidará o filho adotivo
de Charlô. Felipe não conseguirá resistir à beleza estonteante de Vânia (Luana
Piovani). Por onde passou, a bela sempre foi assediada. Quando chegou à loja da
família Alcântara, ela primeiro despertou a atenção de Otávio. Mas foi o jeito
displicente de Felipe que a conquistou.
Casal
de bom coração - Além
da mansão, outro destaque de “Guerra dos Sexos” será o núcleo da Vila Mooca. Lá
vive a família de Dinorah Carneiro (Fernando Eires). Com nome de mulher,
Dinorah, ou melhor Dino, é casado com Nieta (Drica Moraes). Ele é contador da
Polistano, uma confecção de propriedade do cunhado Vitório (Carlos Alberto
Ricceli). Honesto, o contador passará por uma difícil situação a partir do
momento em que aparecer uma oportunidade de crescer na vida por meio de vias
obscuras.
Já Nieta, ao contrário do marido, é
amargurada. Para ela, conviver com a pobreza é algo insuportável. Para ajudar
no sustento, ela vende marmita e até canudinho de coco na feira. Os dois vivem
com a filha Carolina (Bianca Bin) e com o irmão de Nieta, Nenê Stallone (Daniel
Boaventura), um quarentão que adora malhar e está à procura da mulher perfeita
para dar o golpe do baú. Num certo momento, Nenê conhecerá Charlô e despertará
o ciúme de Otávio.
Lobo na
pele de cordeiro - Carolina
(Bianca Bin) é a filha do casal. A garota se faz de boazinha, mas no fundo quer
arrumar um emprego nas lojas Charlô’s para roubar o cargo de Juliana (Mariana
Ximenes) e conquistar Fábio (Paulo Rocha). Enquanto a oportunidade não chega,
ela namora o ingênuo Ulisses, carregador da Charlô’s e aspirante a campeão de
MMA.
Tragédia
em vez de festa
- A fuga de Analu (Raquel Bertani) do casamento com Kiko (Johnny Massaro)
causou vários transtornos para a quase sogra da garota, Roberta (Glória Pires).
A cerimônia acabou se transformando em uma grande tragédia. O pai do noivo e
marido de Roberta, Vitório Leone (Carlos Alberto Ricceli), ao se decepcionar
com o cancelamento da união, teve um infarto fulminante e morreu ali mesmo. Um
desastre para Roberta, que formava um casal quase perfeito com o marido há 20
anos. Enquanto ele era o responsável pelo sucesso da empresa de roupas
esportivas Polistano Sport Club, ela era uma excelente anfitriã, que organizava
os grandes desfiles da marca.
Começa
a confusão - A
vida de Roberta se complicou após a morte do marido. Ela encontrou resistência
dos diretores da fábrica em aceitar sua decisão de assumir a presidência da
Polistano. No entanto, ela nunca se deixou abater, principalmente quando
descobriu que Otávio (Tony Ramos) estava exigindo parte das ações da empresa.
Na verdade, o casamento entre Analu e Kiko
era um acordo entre Otávio e Vitório. Além de uma grande quantidade de dinheiro
que deveria ser embolsada pelo marido de Roberta, o acordo previa que Otávio
receberia parte das ações da Polistano. Tudo porque o personagem de Tony Ramos
pretendia ter mais poder dentro da Charlô’s, já que a Polistano era a
fornecedora exclusiva da rede de lojas.
Vitório chegou a receber o dinheiro, porém,
misteriosamente, tanto a grana como os recibos desapareceram na tarde do
casamento, ficando o dito pelo não dito. Enquanto Otávio acusa Roberta de não
entregar sua parte, a viúva acredita que Otávio está blefando sobre o pagamento.
Empresa
instável - Com
esse cenário, começam as disputas acaloradas. Otávio quer cancelar o contrato
de exclusividade com a Polistano e cedê-lo a outra marca. Roberta tenta se
reunir com Otávio, mas sem êxito. Os problemas avançam na loja e Otávio cancela
o desfile da próxima coleção, que havia sido idealizada pela prima Charlô.
Revoltada, Roberta resolve mover processo contra a rede de lojas. Já Felipe
consegue convencer os executivos da empresa de que a Polistano perdeu
qualidade, principalmente por ser comandada por uma mulher.
O que ninguém esperava é que em meio a toda
essa disputa, Charlô é avisada por Juliana (Mariana Ximenes) sobre os problemas
na loja e resolve voltar à cena para administrar a empresa. Com disputas de
todos os lados e muitas picuinhas, a rede passa por instabilidade.
A
guerra dos sexos é declarada - A possível solução para os problemas da
empresa é firmada em uma aposta entre Charlô e Otávio. Um deles terá que abrir
mão de sua parte na rede em um arriscado jogo de 100 dias, período em que
Charlô e sua equipe terá para elevar o lucro da loja. Se falhar, ela reconhece
sua incompetência e a superioridade dos homens e abre mão de sua parte. Mas se
vencer, quem perde tudo e assume ser um fracassado é Otávio.
De um lado, Otávio e Felipe (Edson Celulari)
tentam trapacear a qualquer custo. Do outro, Charlô, Juliana (Mariana Ximenes),
Vânia (Luana Piovani) e Roberta (Glória Pires) unem forças para se superarem. E
no final dessa disputa, quem levará a melhor? Os homens ou as mulheres? Está
declarada a Guerra dos Sexos!
Experientes
quando o assunto é humor
Silvio de Abreu está de volta à faixa das 19h
da Globo. Conhecido por escrever suspenses e tramas policiais, em “Guerra dos
Sexos” o novelista volta a apostar no humor, que o consagrou na mesma faixa na
década de 80.
Abreu ingressou na TV como ator e interpretou
personagens em oito novelas. Em 1977, assinou seu primeiro folhetim, “Éramos
Seis”, na TV Tupi. Desde então, foi autor de vários sucessos como “Guerra dos
Sexos” (1983), “Sassaricando” (1988), “Rainha da Sucata” (1990), “A Próxima
Vítima” (1995) e “Belíssima” (2005).
O diretor Jorge Fernando também é outro
especialista em novelas com pitadas de humor. Assim como Abreu, estreou na
telinha como ator. Em 1980, foi convidado para dirigir “Coração Alado”. Desde
então, dirigiu tramas como “Guerra dos Sexos” (1983), “Brega & Chique”
(1987), “Deus nos Acuda” (1992), “Vira-Lata” (1996), “Caras & Bocas” (2009)
e Ti Ti Ti” (2010).
Ficha
técnica
Original de Silvio de Abreu
Releitura de Silvio de Abreu
Direção Geral e de Núcleo de Jorge Fernando
Direção de Ary Coslov, Marcelo Zambelli e Ana
Paula Guimarães
Elenco
Irene Ravache– Charlote II, a Cumbuqueta
Tony Ramos – Otávio II, o Bimbinho
Antonia Morais – Leda
Bianca Bin – Carolina
Carlos Alberto Ricceli – Vitorio
Daniel Boaventura – Nenê
Debora Olivieri – Semíramis
Drica Moraes – Nieta
Edson Celulari – Felipe
Eriberto Leão – Ulisses
Fernando Eiras – Dinorah, o Dino
Glória Pires – Roberta
Guilhermina Guinle – Manoela
Jesuela Moro – Ciça Marinho
Jesus Luz – Ronaldo
Johnny Massaro – Kiko
Luana Piovani – Vânia
Marcelo Barros – Montanha
Mariana Armellini – Afrodite, a Frô
Mariana Ximenes – Juliana
Marilu Bueno – Olívia
Mayana Moura – Veruska
Paulo Rocha – Fábio
Raquel Bertani – Analu
Reynaldo Gianecchini – Nando
RonnieMarruda – Baltazar
Thais Portinho – Divina
Thalita Lippi – Lucinele
Thiago Rodrigues – Zenon
Fonte: Na Telinha
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