Assistir ao “The Voice Brasil” é permitir-se
transbordar e viajar a mil por hora em um mar de emoções, das mais variadas
possíveis. Já escrevi aqui em outras oportunidades a respeito da necessidade
que os brasileiros possuíam em ter uma atração desse tipo na nossa televisão,
principalmente aos domingos. Mas há uma particularidade inquestionável: poucas
vezes na história, um programa superou tanto a si próprio, semana após semana.
Não tem pra onde correr.
O que o Brasil assistiu neste domingo (18)
foi muito mais do que um programa musical ou um reality-show com o objetivo de
revelar um grande nome na MPB. O que se viu foi um espetáculo impecável,
apresentações intocáveis e, sobretudo, a justificativa para a TV Globo estar no
ranking das maiores emissoras do mundo. Pouquíssimas outras – uma ou duas,
talvez – sabem fazer e fariam tão bem feito. E aí não tem jeito, evidenciou-se
o tamanho do caminho que a Record, que se diz sua principal concorrente no
país, tem a percorrer para que, um dia, chegue próximo daquilo que chamamos
“padrão de qualidade”.
A melhor forma de estabelecer uma relação
comparativa entre as duas emissoras que mais investem em sua programação é
observar a maneira como cada uma trata seus respectivos programas musicais.
Programas esses que mundo afora são sucessos midiáticos absolutos.
O “Ídolos”, da Record, é tão somente mais uma
atração musical e o canal de Edir Macedo não faz a mínima questão de transformar
o show num evento importante. Para se ter uma ideia, nesta semana, o
telespectador esperou até depois da meia-noite para acompanhar o reality
comandado por Marcos Mion, em mais uma dessas infinitas trocas de horário com
as quais sofre a grade da emissora da Barra Funda. Assim, sua repercussão é
mínima e, em relação a proposta, torna-se desnecessária sua produção.
Por alguns motivos – que poderiam ser
alcançados pela Record com o “Ídolos” não fosse a incompetência administrativa
que há tempos vem levando a emissora ao fundo do poço – o “The Voice” se
difere. Não há erros na parte técnica, mesmo nas duas edições ao vivo, está num
dia e horário onde o público se interessa por algo desse tipo, possui em seu
elenco artistas que impreterivelmente atraem olhares e chamam atenção,
evidencia a música em seu estado pleno, a voz em sua essência mais simples.
Por causa de sua grande direção e por estar
numa rede que, sobretudo, respeita o seu telespectador, o “The Voice”
conquistou os brasileiros. E ninguém pode provar o contrário. É simples: a
Record ainda tem muito o que aprender com a Globo principalmente porque a Globo
ainda tem muito o que ensinar à Record.
Fonte: Na Telinha
Faço minhas suas palavras, isto sem contar a maneira como tratam os candidatos. Não fazem chacotas, piadas de mau gosto, quem sai, tem a certeza que foi respeitado. E vamos combinar, cantores de primeiríssima qualidade.
ResponderExcluirAdorei o artigo. Parabéns. Bjus