A Globo bem que tentou, mas não conseguiu convencer o inquieto Jô Soares a voltar para seus estúdios em 2018, como planejava. Sem um projeto que agradasse ao apresentador, o contrato vencido na virada do ano não foi renovado. Jô está sem vínculo com qualquer TV _e não demonstra nenhuma pressa em tê-lo.
"Neste ano não volto para a televisão. Não tem nada [na TV] que me dê vontade de fazer no momento", diz o também dramaturgo e humorista, que nas últimas três décadas educou o telespectador brasileiro ao formato de talk show norte-americano, hoje presente em quase todas as redes abertas.
Quando decidiu tirar o Programa do Jô do ar, em dezembro de 2016, a Globo pretendia retomar a parceria com o apresentador em 2018, após um ano sabático. O queria como colunista do Jornal da Globo ou com um programa em um de seus canais pagos ou na nova plataforma de streaming que o grupo irá lançar neste ano.
Uma das ideias era um talk show parecido com o que David Letterman está fazendo atualmente na Netflix, em que, ainda "aposentado", conversa com grandes celebridades, como Barack Obama, em um cenário mais humilde.
Jô, por sua vez, chegou a cogitar na GloboNews uma versão do Meninas do Jô, que ocupava o Programa do Jô uma vez por semana. Mas desistiu após concluir que seria uma overdose de política um talk show de política em um canal de notícias que praticamente só fala de política.
Apesar da aparente falta de interesse do apresentador, a Globo ainda não se dá por vencida. Diz oficialmente que "sempre haverá projetos possíveis para Jô Soares nas plataformas Globo".
"Meu projeto por enquanto é a peça que estou adaptando e que vou dirigir. Começo a ensaiar em maio", avisa Jô, referindo-se ao texto A Noite de 16 de Janeiro, da russa Ayn Rand, que não tem nada a ver com a data de seu aniversário.
"É uma peça que se passa em um tribunal. Sempre tive vontade de fazer uma peça em um julgamento. Nela também sou ator, interpreto um juiz", adianta o multiartista de 80 anos.
Para 2018, Jô também planeja iniciar os trabalhos em um segundo projeto teatral e, em novembro, lança o segundo volume de sua biografia, O Livro de Jô, escrito pelo jornalista Matinas Suzuki Junior.
Fonte: Na Telinha
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