Quem vê Adriana Esteves arrasando como
Carminha (tudo bem, ela também arrasou em "Torre de Babel", em
"Cravo e a Rosa" e em "Dalva e Herivelto") nem sequer se
lembra da pobre e ninfeta baiana Mariana de "Renascer" (1993), novela
que, por ironia do destino, voltará a ser reprisada no canal Viva em novembro,
quase um mês depois do fim de "Avenida Brasil", como já foi
noticiado.
Lá no começo de 1993, Adriana nem imaginava o
que estava por vir. A trama do ótimo Benedito Ruy Barbosa conquistou o público
logo no início. Bastou a segunda fase da trama iniciar, para Adriana entrar e
começar uma enxurrada de críticas negativas. O folhetim era muito elogiado, mas
à atriz só era reservado tudo de ruim: atuação pífia que não condizia com a
trama de Benedito. Foi um exagero que contribuiu para a artista entrar em uma
fase nebulosa que resultou numa depressão (de quase dois anos).
"Não lembro das críticas que fizeram na
época. Já faz tempo. E não acho que isso tenha afetado o trabalho dela em
'Renascer'. Não acompanho muito 'Avenida Brasil', mas, do pouco que vi, Adriana
está muito bem. As críticas também são muito positivas", disse a escritora
Edmara Barbosa, filha de Benedito, que colaborou com o pai na novela. A sempre ótima Edmara pode não se lembrar,
mas muita gente não esqueceu porque, assim como muitas pessoas na época, eram
fãs de "Renascer".
Vale lembrar até (e o público poderá conferir
quando a novela for reprisada novamente_ e o pleonasmo é necessário porque o
folhetim já esteve no Vale a Pena Ver de Novo) que assim que as críticas se
tornaram mais acentuadas, a Mariana de Adriana, de repente (?), foi perdendo
espaço na história, pouco aparecia. E isso para uma personagem que era vital na
trama: despertou o amor no protagonista da história, vivido por Antônio
Fagundes, e em seu filho caçula (Marcos Palmeira). Os dois nunca se deram bem porque o primeiro
amor de José Inocêncio (Fagundes) morreu durante o parto do caçula. A chegada
de Mariana só fez piorar (e muito) a relação.
A novela passou, Adriana demorou para se
recuperar, mas não deixou de atuar na TV. Muitos diretores e autores
acreditaram nela e lhe deram novas chances. E ela, que já tinha feito um ótimo
trabalho em "Pedra sobre Pedra", voltou a arrasar em outras tramas.
Vieram "A Indomada", "Torre de Babel", "O Cravo e a
Rosa", "Senhora do Destino" (ela foi a Nazaré jovem), "Dalva e
Herivelto", entre tantas outras, até chegar a Carminha, ou melhor
"Avenida Brasil" (curiosamente, ela nunca mais fez uma novela de
Benedito...). Nada como um dia após o outro.
De qualquer forma, a trama de João Emanuel
Carneiro foi dela, dava até para virar uma série, mas seria demais (e não seria
culpa da Rita!). Adriana foi tão bem que a novela deveria terminar com uma cena
que fez muita gente rir. Logo depois que a loira quase enterrou Nina viva, ela
comemorou com Max como se estivesse num estádio de futebol ao bradar de braços
abertos: "Carminha! Carminha!". Precisa dizer mais?
Só uma coisa. Claro que estatura de Adriana
ajuda, mas já reparam que quase sempre suas personagens tem o "inha"
no final? Ela estreou em "Top Model" como Tininha, foi a Sandrinha de "Torre de
Babel", a Amelinha de "Coração
de Estudante", a Celinha de "Toma Lá Da Cá"... Carminha!
Carminha!
Fonte: Yahoo
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