Vinte anos se passaram desde o dia 28 de
dezembro de 1992, data esta que a dramaturgia brasileira jamais irá esquecer.
Não se falava em outra coisa, se não, o assassinato da estrela da novela das
oito da Rede Globo, "De corpo e alma"; a nova namoradinha do Brasil,
Daniella Perez, que interpretava Yasmin no folhetim da emissora escrito por sua
mãe, Glória Perez.
Filha de Glória Perez e do engenheiro (já
falecido) Luis Carlos, Daniella sempre teve sua vida ligada à arte, porém uma
tragédia interrompeu sua carreia promissora. Daniella foi encontrada morta na
madrugada do dia 28 de dezembro de 1992, pela polícia num matagal na Barra da
Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, a princípio, vítima de um latrocínio.
Contudo, poucas horas depois, o então colega ator e par romântico na novela,
Guilherme de Pádua confessaria o crime, junto com sua esposa, Paula Thomaz.
Formava-se um enredo que nenhum autor jamais ousou imaginar .
O motivo do crime segundo Glória, a mãe de
Daniella - Um ator medíocre, em busca do estrelato. Escolhido para um papel
secundário na novela das 20 horas, onde faria o obstáculo do romance de Yasmin
(Daniella Perez) e Caio (Fábio Assumpção), acredita que suas chances de
sobrepujar o galã (Fábio), estejam em uma aproximação com a filha da autora.
Tenta ficar amigo. O cerco interesseiro e pegajoso é detectado. Incomodada com
a insistência dos pedidos para aumentar seu papel, Daniella começa a evitá -lo.
Coincidentemente, ele vê sua participação reduzida naquele bloco. Trama, junto
com a mulher, Paula Thomaz, o assassinato. E para selar o pacto criminoso,
fazem uma tatuagem nos órgãos genitais, onde um escreve o nome do outro. No
dele, PAULA, em toda a sua extensão. No dela, GUILHERME (...).
Foram 18 estocadas no coração e no pescoço.Um
violento soco na face direita, de acordo com os laudos periciais, aplicado
minutos antes da morte. Nenhuma lesão de defesa. No tênis, os sinais de
arrastamento: a sola deles mostrava claramente que ela não havia ficado de pé
naquele terreno: fora atirada ali. Nenhuma gota de sangue no local nem no
corpo, ainda que a causa mortis tenha sido, segundo o IML, anemia aguda, que se
caracteriza por intensa perda de sangue (...).
Durante os cinco anos de espera pelo
julgamento, testaram inúmeras e diversas versões através da imprensa, enquanto
tinham os pedidos de habeas corpus negados por todas as instâncias do
judiciário. De nada adiantaram as versões fantasiosas: em 1997 os dois foram
julgados e condenados por homicídio duplamente qualificado com motivo torpe.
Ambos saíram da cadeia antes de cumprirem pouco mais de 6 anos da pena em 1999,
o que gerou muita indignação por parte de todos."
O crime que fez mudar a lei no Brasil - O
assassinato de Daniella Perez teve tanta repercussão e comoção nacional que
Glória Perez colheu 1,3 milhão de assinaturas na tentativa de mudar a Lei de
Crimes Hediondos
Originalmente a lei classificou como hediondos
os crimes de sequestro, tráfico e estupro. Tais crimes eram inafiançáveis e os
condenados não podiam usufruir dos benefícios da progressão da pena. Os réus
tinham de cumprir a pena em regime integralmente fechado. A campanha resultou
numa emenda popular para alterar a lei e incluir nela o crime de homicídio
qualificado.
Como o assassinato da filha da autora
aconteceu antes da mudança na lei, Paula Thomaz e Guilherme de Pádua não foram
atingidos e tiveram direito à progressão de regime prevista na legislação
vigente à época do crime. O dispositivo da lei que vedava a progressão de
regime, no entanto, não teve vida longa. No início de 2006, por seis votos a
cinco, o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional o parágrafo 1º do
artigo 2º da Lei 8.072/90, justamente o que proibia a progressão de regime. Em
2007, o Congresso aprovou nova modificação na Lei. Glória transformou a morte
de sua filha em luta por Justiça, e Daniella deu voz à milhares de pessoas que
lutam por justiça e por leis mais rígidas.
Nas
redes sociais
- Grande parte da visibilidade pelos 20 anos de morte da atriz em toda a
Imprensa Brasileira se deve também à página criada no Facebook para homenagear
os 20 anos sem Daniella Perez. Uma delas, criada em agosto pelo fã e amigo de
Glória Perez, Domingos Sávio, tem mais de 13 mil assinantes (dados de dezembro
de 2012), visualizações semanais de um milhão de pessoas, e já teve uma de suas
publicações compartilhadas por mais de 100 mil pessoas. Domingos disse que
sempre lutou para que a memória de Daniella, nunca fosse esquecida, para não
permitir que pessoas acreditem em versões fantasiosas como a de que a atriz
estivesse mantendo um caso amoroso com o assassino e para chamar atenção pelo
fato dos assassinos terem ficado pouco mais de 6 anos na cadeia. "É
inadmissível que pessoas que cometam um crime desta natureza fiquem apenas sete
anos em regime fechado e voltem para o convívio da sociedade com a ficha limpa,
a Paula por exemplo mora no mesmo bairro que a mãe de Daniella, é justo? A mãe
da vítima estar sujeita a encontrar com a assassina de sua filha no
supermercado, por exemplo?" , pergunta Domingos.
Ele diz que sua relação com Daniella já
ultrapassou a relação fã-artista: "Sinto que ela é parte da familia, que
brigo por ela como se brigasse por uma irmã. E é assim desde meus sete anos e é
assim sempre, nunca vou abandonar a Dani", ele diz ainda que lamenta não
ter tido tempo de conhecê-la pessoalmente, mas diz que se sente realizado por
ter a chance de fazer algo por sua memória.
Como
vivem os assassinos hoje? - Guilherme de Pádua, 43, vive em Belo Horizonte, MG, e
casou-se em 2006 com Paula Maia, 28, também membro da Igreja Batista da
Lagoinha. Vive sob os holofotes, dando entrevistas à meios de comunicação
evangélicos, dando seus testemunhos e ganhando dinheiro usando a memória da
atriz e o crime que cometeu, causando a revolta da autora Glória Perez. Em
2010, Guilherme, lançou junto com Paula Maia, o livro "Que amor é
esse?", que, segundo ele, conta a história real.
Paula Thomaz, 39, hoje (Nogueira Peixoto)
vive em Copacabana no Rio de Janeiro, casou-se novamente com o advogado Sérgio
Ricardo Rodrigues Peixoto, com quem tem dois filhos, além de Felipe, filho de
sua relação com Guilherme, adotado por Sérgio, uma vez que o menino nunca teve
contato com o ator. Paula está loira, mais magra e vive no mesmo apartamento de
180 metros quadrados em que vivia quando era casada com Guilherme e vive no
mesmo bairro que a autora Glória Perez, mãe da atriz assassinada.
Missa
de 20 anos
- Aconteceu no dia 28 de Dezembro de 2012, na Igreja da Ressureiçao em Ipanema,
no Rio de Janeiro, às 19 horas, missa em homenagem à atriz Daniella Perez
organizada por amigos e fãs.
Fonte: Yahoo
Si ele si arrepende3u de coração o perdão de Deus alcançou ele.
ResponderExcluirMais só que para as pessoas ele sempre vai ser um malfeitor,até mesmo para alguns cristão que si dizem evangélicos.
gostaria muito de ver Guilherme preso junto da sua és.a justiça soltou os assassinos de Dani esqueceu quem ficou presa ou estar presa e longe de nós é Daniella Perez e não volta mais.onde ela nao a praça,nem pega na mao de nimgem prenderam a Yasmin.carde a moça que enchia nosso coração de emoção ela não passa mais na televizao.a onde estar amoça que encheio nossos olhos de lágrima
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