Filme feito especialmente para a televisão é
coisa rara na programação das principais emissoras brasileiras. O que a Globo
exibe em horário nobre na noite desta quinta (27), "Doce de Mãe",
merece toda a atenção do espectador.
Em primeiro lugar por ter Fernanda Montenegro
como protagonista, em cena ao longo de quase todos os seus 70 minutos. E
segundo porque o programa é candidato a virar um seriado, de acordo com o que
contou ao UOL o diretor Jorge Furtado.
O filme, que vai ao ar depois de "Salve
Jorge", conta a história de dona Picucha, viúva, 85 anos, que reúne os
quatro filhos em torno de um banquete de panquecas para contar uma notícia
bombástica: a empregada que cuida dela há décadas está indo embora.
Tem início, então, uma delicada comédia, com
os filhos se desdobrando, de forma atabalhoada, para cuidar da mãe.
Coadjuvantes de luxo em "Doce de Mãe", os herdeiros de dona Picucha
são vividos por Marco Ricca, Louise Cardoso, Mariana Lima e Matheus
Nachtergaele.
"Eles estão brilhantes, mas o filme foi
escrito para a Fernanda. É dela", conta Furtado, diretor de "Meu Tio
Matou um Cara" e "Houve uma Vez Dois Verões", além de vários
trabalhos como roteirista ou diretor de TV, entre os quais o seriado
"Comédia da Vida Privada" e "Decamerão: a Comédia do Sexo".
Furtado jamais havia trabalhado com Fernanda.
E ficou encantado. "É a maior atriz do mundo. É impressionante. Não repete
duas cenas", conta. "Foram três semanas de filmagem e convivência
intensa". Em entrevista no início de dezembro, a atriz falou do trabalho:
"Tenho meu lado de comediante. E a Picucha tem esse lado de palhaça. Ela é
descontraída, mas tem consciência da finitude dela"
O filme é uma co-produção da Globo com a
produtora Casa de Cinema, de Porto Alegre. Furtado, que assina a direção com
Ana Luiza Azevedo, define "Doce de Mãe" como uma "comédia
humanista", pensando nos "valores bacanas" que o filme discute,
ligados a família, amizade e camaradagem.
Ao final da história, a vontade de conhecer
melhor Dona Picucha e seus filhos é enorme. "Pode dar um seriado",
conta Furtado. "Os personagens estão apenas indicados no filme. Há muitas
possibilidades de desenvolvimento, de fazer uma série".
Segundo o diretor, os principais envolvidos
no projeto, do núcleo de Guel Arraes, dentro do Globo, estão de acordo com a
ideia. "Tudo depende da disponibilidade do elenco". Vamos torcer.
Fonte: UOL
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