sábado, 28 de junho de 2014

Fátima Bernardes faz falta na cobertura da Copa


Na teoria, apenas chefes de estado e campeões podem tocar na Taça Fifa, que é entregue para quem conquista a Copa do Mundo. Na prática, quando em poder de quem acabou de vencê-la, a taça é de todo mundo. Mas uma imagem em especial entrou para o imaginário popular em 2002. Além do capitão Cafu e do então presidente Fernando Henrique Cardoso, talvez a cena mais lembrada do símbolo da conquista do pentacampeonato seja de quando ele passou pelas mãos de uma musa.

E não se trata da esposa do técnico Felipão nem de nenhum outro jogador, mas sim de Fátima Bernardes, que assim foi chamada pelo zagueiro Lúcio ao entrar no ônibus da Seleção Brasileira logo após a conquista da quinta estrela.

Foram breves instantes em que a então âncora do “Jornal Nacional” ergueu o troféu, o suficiente apenas para concluir sobre o peso daquele objeto tão desejado, mas também para eternizarem uma cobertura inesperada.

Segundo o Memória Globo, a ideia era que Fátima ancorasse o “JN” das redações da Globo montadas na Coreia do Sul e no Japão, mas o ambiente de estúdio soava igual para o público, seja aqui ou na outra ponta do planeta.

Por causa disso, enfrentando fuso e frio, Fátima passou a ficar ao lado de hotéis, campos de treinamento e estádios e popularizou o conceito de bancada externa, que hoje é quase obrigatório em fatos relevantes.

Nos Mundiais seguintes, ainda surfando na fama de pé-quente, Fátima também se destacou, seja pelo bordão “onde está você?” proferido por William Bonner ou até pelos gorros com que ia ao ar nos dias de temperaturas mais geladas.

Diante disso, era de se esperar que ela fosse integrada com a cobertura de 2014 mesmo atualmente comandando um programa de entretenimento. “Mais Você” e “Caldeirão do Huck”, por exemplo, tem repórteres exclusivos na cola da Seleção.

E a ideia foi mesmo elaborada, já que se pensou na circulação dela pelo país com um caminhão-estúdio, projeto supostamente abortado por falta de segurança, sendo que os únicos “ataques” contra a imprensa nessa Copa foram os beijos na repórter Sabina Simonato.

E mesmo sem ser sobre rodas, podia-se perfeitamente repetir o esquema do dia da apresentação dos jogadores na Granja Comary: Fátima, Lair Rennó e Marcos Veras espalhados por links em dias de jogos.

Mais curto durante o Mundial, o programa seria facilmente preenchido apenas conversando com torcedores e comentaristas do próprio canal. Como se vê até agora, não falta pauta nessa Copa.

Faz falta ter Fátima Bernardes realmente cobrindo uma Copa do Mundo e não apenas confinada no estúdio fazendo uma verdadeira continuação de temas clichês como superstições e figurinos, que já são justamente explorados (e combinam) com o "Mais Você".

Sem a seriedade obrigatória da “bancada” e seguindo a proposta do “Encontro” de contar histórias, mas dessa vez in loco e dentro de um fato que marca a história, ela certamente seria uma opção melhor para os fanáticos por futebol (ou simplesmente pelo Brasil).

Fonte: Na Telinha

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