Na teoria, apenas chefes de estado e campeões
podem tocar na Taça Fifa, que é entregue para quem conquista a Copa do Mundo.
Na prática, quando em poder de quem acabou de vencê-la, a taça é de todo mundo.
Mas uma imagem em especial entrou para o imaginário popular em 2002. Além do
capitão Cafu e do então presidente Fernando Henrique Cardoso, talvez a cena
mais lembrada do símbolo da conquista do pentacampeonato seja de quando ele
passou pelas mãos de uma musa.
E não se trata da esposa do técnico Felipão
nem de nenhum outro jogador, mas sim de Fátima Bernardes, que assim foi chamada
pelo zagueiro Lúcio ao entrar no ônibus da Seleção Brasileira logo após a
conquista da quinta estrela.
Foram breves instantes em que a então âncora
do “Jornal Nacional” ergueu o troféu, o suficiente apenas para concluir sobre o
peso daquele objeto tão desejado, mas também para eternizarem uma cobertura
inesperada.
Segundo o Memória Globo, a ideia era que
Fátima ancorasse o “JN” das redações da Globo montadas na Coreia do Sul e no
Japão, mas o ambiente de estúdio soava igual para o público, seja aqui ou na
outra ponta do planeta.
Por causa disso, enfrentando fuso e frio,
Fátima passou a ficar ao lado de hotéis, campos de treinamento e estádios e
popularizou o conceito de bancada externa, que hoje é quase obrigatório em
fatos relevantes.
Nos Mundiais seguintes, ainda surfando na
fama de pé-quente, Fátima também se destacou, seja pelo bordão “onde está
você?” proferido por William Bonner ou até pelos gorros com que ia ao ar nos
dias de temperaturas mais geladas.
Diante disso, era de se esperar que ela fosse
integrada com a cobertura de 2014 mesmo atualmente comandando um programa de
entretenimento. “Mais Você” e “Caldeirão do Huck”, por exemplo, tem repórteres
exclusivos na cola da Seleção.
E a ideia foi mesmo elaborada, já que se
pensou na circulação dela pelo país com um caminhão-estúdio, projeto
supostamente abortado por falta de segurança, sendo que os únicos “ataques”
contra a imprensa nessa Copa foram os beijos na repórter Sabina Simonato.
E mesmo sem ser sobre rodas, podia-se
perfeitamente repetir o esquema do dia da apresentação dos jogadores na Granja
Comary: Fátima, Lair Rennó e Marcos Veras espalhados por links em dias de
jogos.
Mais curto durante o Mundial, o programa
seria facilmente preenchido apenas conversando com torcedores e comentaristas
do próprio canal. Como se vê até agora, não falta pauta nessa Copa.
Faz falta ter Fátima Bernardes realmente
cobrindo uma Copa do Mundo e não apenas confinada no estúdio fazendo uma
verdadeira continuação de temas clichês como superstições e figurinos, que já
são justamente explorados (e combinam) com o "Mais Você".
Sem a seriedade obrigatória da “bancada” e
seguindo a proposta do “Encontro” de contar histórias, mas dessa vez in loco e
dentro de um fato que marca a história, ela certamente seria uma opção melhor
para os fanáticos por futebol (ou simplesmente pelo Brasil).
Fonte: Na Telinha
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