Foi a vontade de trabalhar em outros formatos que levou Patrícia Poeta a trocar o departamento de jornalismo, em novembro de 2014, pela área de entretenimento da Globo. Uma das apresentadoras do semanal “É de casa”, que completa dois anos em agosto, a jornalista, de 40 anos, segue inquieta. Ela estreia nesta segunda-feira, dia 3, no comando do reality “Caixa de costura”, às 19h, no GNT. O programa será exibido de segunda a sexta-feira com a intenção de revelar novos costureiros.
— Eu queria muito começar do zero depois que deixei o telejornalismo. Fiz 40 anos em outubro, estou mais madura, mas ainda com energia. Quando saí do “Jornal Nacional” (do qual ela foi apresentador por três anos) eu pensava nisso. Queria estar com força para recomeçar. Tenho toda uma experiência em TV, mas são áreas completamente diferentes.
Contratada da Globo desde 2000, Patrícia, que estreou na Band dois anos antes, está em um momento de pôr seus novos planos em prática.
— Fechei o meu ciclo no jornalismo e tive as melhores oportunidades. Passei pelo “SPTV — Primeira edição”, pelo “Jornal Hoje”, aos sábados, fui moça do tempo, trabalhei como correspondente em Nova York por cinco anos. Apresentei ainda o “Fantástico” e o “JN”, onde ancorei a Copa do Mundo no Brasil e as últimas eleições presidenciais. Para mim, as coisas têm um tempo de aprendizado e de serem experimentadas. Não vivo de passado e nem tenho saudade. Sinto, sim, falta das pessoas com quem trabalhei como jornalista — diz.
No novo programa do GNT, Patrícia estará no centro de uma disputa. A cada episódio, que terá sempre um tema específico, três competidores precisam recriar peças clássicas e propor soluções criativas de customização e reaproveitamento de peças.
— É muita pressão e correria. Os competidores trabalham com um deadline apertado, mas espero que o programa sirva de vitrine para esses profissionais — diz.
Ela gravou as 20 edições do reality em São Paulo, sem deixar o “É de casa”:
— Trabalhei muito para dar conta, inclusive em alguns fins de semana. A gente chegava ao estúdio às 7h da manhã e só voltava para o hotel às 22h. Muitas vezes pegava a última ponte aérea para o Rio.
Apesar de contar com a ajuda de dois estilistas no júri fixo — Isabela Capeto e André Lima —, Patrícia revela que teve que dar sua opinião para desempatar o resultado em um dos episódios do reality.
— Os participantes vieram dos mais diferentes lugares do Brasil. Todos eles tiveram a oportunidade de contar um pouco de suas histórias. Eu gosto de conhecer pessoas e confesso que me emocionei durante as gravações. Houve um momento em que tive que me conter para continuar falando — recorda.
Por ser um reality, o programa não tinha um roteiro completamente definido.
— Consegui improvisar. Eu não usei teleprompter. Você precisa ter muito jogo de cintura e, muitas vezes, tem que bancar o psicólogo com os participantes.
A jornalista conta que teve a chance de viver uma experiência bem diferente com “Caixa de costura”:
— No “É de casa” é tudo mais informal, conversamos com os convidados e com o público. São três horas ao vivo, mas eu gosto dessa adrenalina, mesmo quando as coisas dão errado. Ali era uma competição.
AULAS EM CIMA DO SALTO - Além de aparecer em novas funções na TV desde que deixou o departamento de jornalismo, Patrícia chamou a atenção do público ao emagrecer dez quilos após a estreia do “É de casa”.
— Quando saí do “JN” fiquei uns meses fora do ar desenvolvendo o projeto de um novo programa (que ainda permanece inédito). Cheguei ao auge do meu peso naquele período, o meu colesterol aumentou. Passei por uma reeducação alimentar.
Até hoje a jornalista ouve perguntas das telespectadores sobre sua dieta.
— É uma curiosidade natural — diz ela, que faz ainda aulas de samba, ballet fitness e stiletto (uma dança em cima do salto).
Fonte: O Globo
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