Não bastassem as novelas com personagens de mesmo nome (Helenas, Morettis, Martas, etc) e perfis semelhantes (a prostituta boazinha, a ninfeta rebelde, o coroa “pegador”), as novelas de Manoel Carlos ainda trazem alguns outros absurdos:
As empregadas domésticas merecem um tópico à parte. Todas lindas e boazudas. São cheirosas, corpo malhado e trabalhar que é bom, nada. Não tiram pó, não passam roupa, não lavam nenhum copo e nem limpam vidro.
Quem não deseja uma vidinha dessas?
Outro detalhe que chama a atenção: quem vê as mesas fartas das cenas de Manoel Carlos mal pode acreditar. Apesar daquele despropósito de comida em todas as refeições (inclusive dos “pobres” da novela) ninguém é gordo, todo mundo tem silhueta definida e corpinho malhado. Todo mundo ali no melhor da forma. No peso certo.
É quase uma novela do outro mundo.
Poderíamos interpreta todos esses absurdos com licenças ficcionais, mas você tem toda razão: Manoel Carlos realmente é um dramaturgo repetitivo, ultrapassado, pusilâmine. Eu o vejo como um burguês do Leblon que vive longe dos flagelos, sofrimentos... da realidade do povo brasileiro, sendo incapaz e sem vontade de escrever sobre o povo comum.
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