A Record vai demitir na virada do ano cerca
de 60 dos 90 profissionais que trabalham na chamada Fábrica de Artes, que
projeta e produz cenários para os programas de São Paulo. As vagas fechadas
serão ocupadas por funcionários de uma empresa em processo de contratação. No
ano que vem, a emissora planeja acelerar a terceirização das produções de
programas, em estudo desde 2012. O sindicato dos radialistas ameaça tomar
medidas judiciais, pois entende que a produção de cenários e de programas são
atividade fim de uma emissora de TV e terceirizá-las seria ilegal.
Serão dispensados arquitetos, contrarregras,
marceneiros, serralheiros, pintores, tapeceiros e maquinistas (montadores de
cenários). Uma parte será mantida para resolver problemas do dia a dia, como
deslocamentos e retoques em acabamentos. A tendência é a medida ser tomada
também no RecNov, no Rio de Janeiro, onde são gravadas novelas e minisséries.
A terceirização da Fábrica de Artes deverá
ocorrer na virada do ano, quando as produções entram em férias coletivas. Já a
terceirização das produções dos programas de auditório deverá demorar um pouco
mais. A emissora ainda procura parceiros entre produtoras independentes de São
Paulo. Também não foram definidos quais programas serão terceirizados nem o
grau de transferência de mão de obra. Mas é certo que novos programas terão
estrutura terceirizada. Isso já ocorreu neste ano com Aprendiz Celebridades e
em parte com A Fazenda.
A Record irá terceirizar produções de
cenários e programas para reduzir custos. Um estudo da própria emissora, no entanto,
mostra que a economia é pequena, de no máximo 8%. A principal vantagem e a
flexibilidade para contratar e demitir.
Desde o início de outubro, estão proibidas
novas contratações. A partir do final de novembro, também não se poderá mais
fazer compras. Tanto as compras quanto as contrações voltarão a ser liberadas
em janeiro. A razão não é econômica, mas administrativa. A cúpula da rede de
Edir Macedo, liderada pelo bispo Marcelo Silva, não quer que despesas de 2014
avancem em 2015.
A emissora não se manifestou oficialmente.
Fonte: UOL
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